Ajuda imenso a entender a HISTÓRIA
e sobretudo esta heterogénea tribuna da RTP
Vejo-lhe assiduamente o olho a brilhar (ela ignora que tem olhos brilhantes) na fechadura do meu quarto de cama, infelizmente ainda engenho arcaico do qual ela eliminou a robusta chave. Sempre que a porca torce o rabo e eu tenho de aplicar uma massagem correctiva à minha mulher, ela intervem de imediato, irrompendo quarto adentro e agarra-se logo a mim, aos gritos, sapateando-me o peito e os ombros.
Sei lá porque se agarrará ela a mim?... Sei lá, sei lá...
Só sei, logo que a borrasca amaina, eu e minha mulher fazemos amor a chorar, uma delícia que só Deus sabe como é bom, espécie de benção que prepara os humanos para afrontarem todas as amarguras.
Oh... Como a Usina mudou... Há já tanto tempo que não faço amor a chorar. |