É preciso ocorrer no campo editorial brasileiro e mundial a mesma revolução silenciosa que está ocorrendo nas esquinas, onde camelos silenciosamente estão acabando com o poder antes inabalável das gravadoras multinacionais, fazendo assim chegar a uma maior parte da população uma forma maiúscula de cultura: a música.
É preciso que na literatura, ocorra a mesma mudança. Viva a pirataria cultural! Morte a quem só pensa nos lucros e os obtém às custas do talento alheio.
Após a queda do império negro, é urgente que todo aquele que queira publicar seu texto, seja qual texto for, seja na forma da publicação que for (tradicional, eletrônica, etc), que o escritor possa fazê-lo por meios próprios, assim como grava uma música aquele que têm em sua casa os aparatos necessários (e que são mínimos).
Viva a beleza da democracia.
Viva a democracia da beleza.
Viva a literatura na Internet e a publicação de textos ao alcance de todos.
Então, essa multidão de escritores sairá de seus quartos escuros e de janelas fechadas e ganhará o mundo, criando assim uma nova corrente literária. Esses escritores não farão parte de um movimento fechado, mas sim de uma convulsão cultural, quando serão globalizadas todas as formas de conhecimento humano, através dos instrumentos já existentes, e também através daqueles que ainda serão inventados.
Aos escritores dessa nova realidade, será permitido tudo, a qualquer tempo: se quiser escrever um soneto árcade, escreva. Se quiser montar uma poesia absolutamente concretista, então o faça. A beleza está em todas as formas que se combinam as palavras. Só assim a beleza triunfará. A beleza e sua filha mais querida, a poesia.
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