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Cartas-->Estão colocando fogo no balaio da USINA! -- 10/05/2005 - 20:23 (CARLOS CUNHA / o poeta sem limites) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos














Existiam dois moços que não se conheciam, apesar de um saber da existência do outro, e eles tinham a mesma paixão que era escrever. Um era poeta e escrevia o amor com canetas coloridas para embelezar seus sonhos, fantasias e as loucuras sadias criadas por sua mente. O outro um escritor de coisas sérias, que vivia preocupado em rascunhar com radicalismo as coisas que ele achava importante, e usava sempre um lápis preto para isso.
As cores usadas pelo poeta em seus textos, as palavras sonhadoras por ele transmitidas neles e a sua grande vontade de viver o colocaram em destaque entre as pessoas que gostavam de ler e o escritor foi atingido pelo Pequeno Demônio da Inveja. Não conseguia aceitar que alguém diferente dele, que não pensava como ele pudesse ser aceito por milhares de pessoas e ter seu trabalho valorizado por elas, e foi ai que o Pequeno Demônio lhe deu uma idéia:

- Faça uma enquête com as pessoas que gostam do que você escreve, sobre as cores usadas pelo poeta, que tenho certeza que muitas delas vão preferir o negro do seu lápis e assim você saberá que é muito melhor que ele e não precisará ter mais inveja, além de prejudicá-lo.

O escritor colocou em pratica o que o Pequeno Demônio lhe sugeriu e de fato encontrou pessoas radicais, como ele, que preferiam o negro de seu lápis, mas para sua surpresa achou também defesas para o colorido e foi até chamado de invejoso por alguns daqueles a quem abordou para perguntar sobre as cores que o poeta usava.
Desapontado ele disse ao Pequeno Demônio:

- O que você me disse pra fazer não adiantou nada. Só serviu pra confirmar que tem gente que gosta das cores do poeta e ele continua feliz e cheio de admiradores. O negro do meu lápis tem de ser melhor que elas!

- Então só tem uma maneira, o Pequeno Demônio falou. Você precisa escrever seu nome bem alto, lá perto das estrelas.

- Mas como vou fazer isso? – O escritor perguntou admirado!

- É simples, basta pegar um balaio, colocar seus textos dentro dele e tocar fogo. A fumaça negra que vai subir pro céu, ao se encontrar com as nuvens, escreverá seu nome nelas.

- Mas eles são poucos e a fumaça não vai ser suficiente, além de que assim eu vou perdê-los e isso eu não quero.

- Essa é a única maneira que eu posso sugerir para você escrever seu nome nas estrelas. Queimar os textos para fazer uma fumaça negra para isso.

Os olhos do escritor brilharam alegres com a idéia maligna que teve nesse momento e ele falou todo eufórico ao Pequeno Demônio:

- Já sei como vou fazer isso. Vou usar os textos do poeta para queimar e escrever o meu nome bem alto.

O Anjo da Guarda do poeta, que escutava aquela conversa, preocupado olhou para o futuro e deu um maravilhoso sorriso com a visão que teve...



O escritor colocou em prática sua idéia. Encheu o balaio com os textos do poeta, que eram muitos, e tocou fogo nele. Muita fumaça começou a subir como esperava só que, abismado e surpreso, ele viu que ela não era negra, mas sim de muitas cores e quando formou um nome lá no alto também não era o dele. Era o do poeta que ele tanto invejava.



CARLOS CUNHA





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