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Humor-->A doença do "cu-sôrto" -- 24/09/2006 - 10:05 (Jader Ferreira) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
A doença do "cu-sôrto"

A Drogaria do Leão era uma das maiores de Campinas. O seu proprietário era um homem sério e conduzia a empresa como se fosse uma verdadeira família, tudo muito diferente das grandes drogarias de hoje. Foi essa maneira familiar de conduzir os negócios que acabou por meter o Leão numa encrenca brava.
Devido à proximidade havida entre os funcionários da farmácia e o patrão, o Leão acabou se envolvendo emocionalmente com uma de suas vendedoras, aliás, a mais bonita de todas e estava tendo dificuldade para se ver livre dela. A amante vinha pegando no seu pé havia anos e não largava mais. O pobre Leão já tinha usado todos os argumentos possíveis e impossíveis, mas sem sucesso. A mulher era uma sarna. O Leão já tinha inventado uma falência falsa, disse que a sua esposa era brava e estava desconfiando do seu “caso”, que já estava velho, que não ficava bem, mas a mulher continuava firme no seu pé. Certo dia, o Leão encheu-se de coragem e confidenciou seu problema a um velho amigo, o Mafuz, dono de uma distribuidora de medicamentos na cidade. O Mafuz ouviu as queixas do amigo e foi direto ao assunto: “Leão, você quer mesmo se livrar dessa mulher inconveniente?. “Claro que quero, Mafuz!... vim lhe contar o meu segredo porque sei que você é meu amigo e pode me ajudar a sair dessa encrenca!” —retrucou o Leão.
O Mafuz, preocupado com a situação do amigo, deu-lhe um conselho: “Vou lhe passar uma receita infalível. Mas você deverá fazer tudo direitinho, anote aí”. E passou a seguinte receita para o amigo, cujos ingredientes eram fáceis: uma suculenta feijoada; uma boa garrafa de cerveja preta; dois comprimidos do poderoso laxante lacto-purga e muita “cara-de-pau”. O Leão providenciou tudo e marcou um encontro com a namorada. Engoliu a receita indicada pelo Mafuz e foi encontrar-se com ela, no mesmo horário e motel de sempre. Quando estava a caminho, já sentia que vinham das entranhas sinais de odor desagradável. A emoção do Leão era intensa e isso aumentava a fermentação natural do bolo.
Na cama limpa do motel, ao primeiro beijo, não deu outra: o Leão “arriou” na cama todo o produto da mistura infernal. A jovem levou um susto e se movimentou apavorada. Gentil e atenciosa, providenciou novos lençóis, perfumou o ambiente e foi conversar com o “Leãozinho” sobre o problema inusitado e cetamente passageiro, uma indisposição leve. “O que foi, meu bem?... O que aconteceu com você?” —indagou a amante. “Nada, não foi nada... esquece isso!”, disse o esperto Leão, fingindo grave preocupação. Mas o pior ainda estava por vir. A cena terrível e desconfortável haveria de se repetiria por mais três vezes. Sempre que ia encontrar-se com a “amada”, o Leão fazia de propósito, se entupia de feijoada, de cerveja preta e lacto-purga. O plano do Mafuz estava dando certo. Ao primeiro beijo, o Leão despejava o “urubu vencido” nos lençóis limpos. Era uma seqüência diabólica e infalível —um beijo e, a seguir, a cagada...
Certo dia, porém, a moça não suportou mais as cagadas do Leão e decidiu passar a situação a limpo: “Não agüento mais, Leão!... você tem de contar pra mim o que há realmente com você, precisa confiar em mim!... Conte-me tudo, por favor!” Era tudo o que o esperto farmacêutico esperava. Armara a situação exatamente para chegar a essa hora decisiva e contou tudo: “Está certo, meu bem, eu conto. É muito justo que lhe conte, afinal não poderei guardar este segredo por muito mais tempo, já que estaremos juntos pelo resto das nossas vidas... Preciso lhe contar a verdade, estou muito doente, na verdade sou vítima de uma doença rara e sem cura...” A pobre moça ainda deu uma força para o seu querido amante: “Está bem, meu amor, pode falar, confie em mim, afinal que maldita doença é essa?”
O Leão fez uma cara de triste e foi em frente com o seu plano:”É uma doença que não tem cura, meu bem... É a chamada “doença-do-cu-sôrto...”
Crendospadre!... O susto foi grande. A amante do Leão mal podia acreditar no que ouvira. Atônita, despediu-se dele para sempre e nunca mais quis saber do cagão —um cabra nojento que sofria da pavorosa e incurável “doença-do-cu-sôrto...”


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