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Cronicas-->Histórias Extraordinárias (1) -- 25/03/2001 - 00:57 (Anizio Canola) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Na década de 50, as noites de sexta-feira eram "assombradas" pelo famoso locutor Almirante. Que comandava um programa radiofónico nacional de arrepiar. Ele abordava casos do sobrenatural no "Incrível. Fantástico. Extraordinário". Os ouvintes padeciam todas as fases do terror. Apavoravam-se, mas na semana seguinte sintonizavam de novo o programa.
Desde então muita coisa mudou. O ser humano já não parece se impressionar com facilidade. Há uma estranha tranquila aceitação do tétrico. Não dá para explicar direito essa nova dimensão do pavor. Mas é inegável o novo tratamento dado às produções do gênero, notadamente na televisão. Lobisomem, entes fantasmagóricos e que tais, já não metem tanto medo. Apela-se para mortes misteriosas, muito sangue, monstros satànicos, mediante um suspense calculado. Surgem criaturas horrendas, que rapidamente se tornam divertidas, ou mesmo ridículas. Vejam só o enfoque da crítica a respeito do filme apresentando pela TV Globo numa sexta-feira: "Sexta-feira 13. Parte 6. Jasson ressuscita. Convém começar a correr desde já. Avaliação: ruim".
A vida real, por sua vez, prossegue mostrando fatos verdadeiros inexplicáveis que ficção nenhuma consegue igualar. Só quem sente o drama na pele, sabe o que isso significa. São histórias extraordinárias.
Outro dia eu prestava atenção na conversa de um grupo de mulheres, na praça da Santa Casa. O tema era o perigo de se pegar uma infecção hospitalar. Aí, uma senhora, que concordou com a possibilidade, contou com ênfase:
"Nesses locais a gente está sujeito a cada coisa! Minha irmã mesmo, que esteve internada durante alguns dias num hospital da região, quando saiu enfrentou uma barra como nunca imaginara na vida. De volta para casa, ela percebeu que estava com piolhos. Como trazia os cabelos sempre asseados, concluiu logo que pegara a infestação no quarto onde estivera acamada. Lavou os cabelos cuidadosamente e usou um pente apropriado, porém os piolhos não desapareceram. Por ter vasta cabeleira, aquilo foi ficando insuportável. Comprou um preparado, que o farmacêutico garantiu ser ´tiro e queda´. Mas, a cada um que morria, dava impressão de os piolhos se multiplicavam. Minha irmã ficou apavorada. Nunca havia visto coisa igual. Ela estava a ponto de enlouquecer quando, para sua sorte, alguém que tomara conhecimento do seu drama, esclareceu: - ´Isso é piolho de pessoa que morreu no hospital, na mesma cama onde você ficou internada. Só há um jeito de acabar´. A mana ouviu atentamente as instruções e no mesmo dia cumpriu à risca o que lhe fora determinado. Comprou um pente novo e dirigiu-se ao cemitério. Caminhou até o cruzeiro, localizado no ponto central. Ali, passou nove vezes nos cabelos aquele pente que nunca tinha sido usado. Então deu as costas para o local. Atirou o pente ao pé do cruzeiro, e saiu do cemitério, sem olhar para trás. Os piolhos desapareceram por completo..."
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