Ainda imensamente grato pelo revestimento externo que se dignou dar à minha VOLÚPIA, retorno a você, em resposta à sua Carta sobre as freqüentes incorreções com que nos deparamos nos escritos de pretensos escritores brasileiros.
É, realmente, lastimável o procedimento. Talvez por aquela ignorância crassa de que falei no artigo BENTO XVI... A pessoa bem aprende que não se podem misturar pessoas, no tratamento que se emprega numa correspondência ou peça qualquer pretensamente literária. Mas o desleixo é gritante. Porque se confunde a linguagem literária com a popular. Onde não há a preocupação literária a nos exigir comportamento lingüístico e gramatical escorreito. E é o desastre que você constata.
Não é o brasileiro que é assim. É o brasileiro preguiçoso que, infelizmente, desleixa da correção no uso da língua mater. Queira relevar os desleixados. Fuja deles, como eu, para não se aborrecer. Expurgue-os de suas leituras porque os brasileiros bons escritores não são esta lástima que, por vezes, permeia o caminho da gente.
De qualquer forma, foi ótima sua justa reação para confirmar o dito de que “o papel aceita tudo”. Mas nem tudo é correto...