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Cronicas-->As máculas do Senador -- 11/08/2009 - 16:59 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
As máculas do Senador





Pois bem, está claro, ou melhor, claríssimo, o Senado brasileiro estava agindo às margens da lei, driblando regras e acomodando-se no bem bom. Alguns e tantos atos, de tão indecentes, eram mesmo impublicáveis, daí a necessidade de terem escondidos todos da sociedade. E assim a população também ficou às margens do seu conhecimento e de tomadas de condutas a respeito do escàndalo. A saída que a direção do Senado achou mais viável, apesar de imoral, foi mesmo esconder tudo do olhar justo da população. E eles foram tantos e tão representativos, mesmo que negativamente, para a população, que a mídia achou neles farta matéria de divulgação. Pudera!

O Senador Sarney, até então imaculado, intocável, cheio de uma retórica pra lá de artificial, vomitava clareza, sanidade, moralismo e desconhecimento de tudo. Mentira, ele estava dentro de toda essa parafernália. Ele se autointitulava imaculado, puro, distante de todo esse escàndalo. Eu não acredito nessa hipótese. Sarney tentou driblar todos e tudo. Sua culpa agora é mais do que notória. Arranjou meios de, no mínimo, ser um néspota moderno e burro. Falou do crime que engendrava no telefone com parentes seus. Seus netinhos devem participar dos concursos públicos para poderem sentir o gosto amargo das dificuldades de sobreviver na vida moderna, e não entrarem pelas janelas generosas do apadrinhamento político familiar. Afinal, a administração moderna tem de ser bem diferente dessa prática imoral que o Senado estava fazendo ao longo desses últimos anos.

Intrigou-me mesmo a maneira como o Senador Sarney lutou para, mesmo tendo idade avançada, conseguir a presidência da casa. Tinha que existir algo por trás de tudo isso. Uma vontade descomunal. Uma luta para gladiador romano nenhum pór defeito. E para quê? Sarney jamais poderia sair dessa tempestade toda de forma ilesa. Não! Jamais mesmo! Havia interesses inconfessáveis mesmo. Isso é vergonhoso. Agora, todos sabem, ele está marcado definitivamente a ferro e a fogo. Quem mandou traquinar desse jeito? Podia não!

Desde os tempos de Cabral que este país abriga gente ruim, imprestável. Mas graças a Deus que a verdade vem à tona vez em quando e nós ficamos sabendo dessas picuinhas. Uns se envergonham ao saberem, enquanto outros se divertem. A mídia enche a pança com todo esse burburinho. A ousada aventura Cabrália deixou por aqui degredados perigosos, homens sem vínculos com a moral da época. O que é estranho é que, ainda hoje, mais de quinhentos anos depois, gente outra ainda teime em agir sobre o perfume desse manto infeliz de condutas. Pode mais não. Os coronéis não são mais bem-vindos entre nós. A Democracia permite apenas rumos iguais para todos e o fim dos privilégios para poucos bem apadrinhados. Novas descobertas são carecidas, completamente diferentes daquelas dos tempos idos.

Não sei o porquê, mas os arrombadores do erário sempre sobrevivem. O procedimento parece não querer ficar demodé nunca. Sarney bem que poderia ter ficado calado e não se arvorar puro e intocável. E ainda mais estranho é a volúpia de como o Presidente Lula saiu em defesa do Senador. Por quê? O que há de tão interessante por trás dessa defesa? Todos sabem que é puro interesse político, ajeitamento de interesses, nada mais do que isso.

A culpa do Senador inquilina o olho do furação escandaloso do Senado. Não dá mais para se ausentar dele e se eximir de qualquer culpabilidade. O general do Maranhão não será mais o mesmo. Pecou e muito. Suas orações são escassas. Carece ajoelhar-se e pedir aos eleitores o perdão devido e prometer-lhes não mais incorrer no mesmo erro do passado, já crónico, quase perpetuado nas ações do legislativo brasileiro. É hora de os políticos brasileiros, que ainda teimam em legislar em causa própria, mudarem de hábitos, apagarem as condutas ímpias, agirem com mais decência. E aos que persistirem no erro, que nós, pagadores de tributos, aprontemos sem dó, para esse míseros desumanos, uma boa surra de moralidade, retirando dos mesmos seus respectivos mandatos e afastando-os definitivamente dos pleitos eleitorais.






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