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Poesias-->Memoria -- 15/09/2001 - 18:18 (Carlos Francisco Silva Sergio) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Quanto a mim,

Lembro-me pouco

alguns avos,

retratos, vestidos rococo...



O que sei sao relatos

imagens de imagem,

fatos mascados e remascados

feito tabaco antigo

em muitas bocas



de puro, tenho essas visoes esporadicas

essas visoes ludicas

tiradas sabe-se la de que poroes,

baus, almas.



Me sinto meio culpado de invadir tantas vidas,

mas como impedi-las de invadir a minha?



O que me chega cortado,

foram vidas compactas,

paixoes, tristezas,

raiva, alegria,

frio...

nao este frio sensitivo,

este pobre frio de epidermes,

mas o frio despido de adjetivos,

unico.



( por vezes penso quantos e quantos

desses rostos, hoje inanimados,

nao fizeram pose para essas fotos

escuras, acidas, tao animadas

que chegam a ocupar os corredores)



Os jardins,

os morros,

a casa.

A casa tao limpa e tao enorme

parece engolir minha criança tao exposta

- tera engolido a deles?

por isso entao esse ar adulto

nas alcovas, nas salas, nas mesas...



A resposta estara nos espelhos,

ou na memoria que eles avivam?

- Maria ve Maria cem anos depois -



E os jogos?

Onde estao os jogos de cartas,

de xadrez, de aproximaçao?

guardados em que gaveta, comodo,

se ainda existem tantos risos na parede (?)



- Algum dia , inadvertidamente,

entrarei em um dialogo apaixonado,

desses muitos que pairam sobre nossas cabeças -



Ah! esses meus fantasmas,

tao hoje,

que chego a conjuga-los

no presente.

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