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Cronicas-->O Vazio dos Vazios -- 30/07/2009 - 20:05 (m.s.cardoso xavier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


O Vazio dos Vazios
m.s. cardoso xavier

A juventude americana fica perplexa ante a morte do ídolo Michael Jackon. Este eletrizou o mundo com sua música pop dos anos 80.
Só gora pós-morte é que se chega a comparar ou melhor colocar no mesmo patamar quanto ao endeusamento da juventude, sempre sedenta de novos paradigmas no mundo da arte, da música, da dança- com Elvis Presley e Jonh Lenon.
Michael Jackson inaugura nova dança com passos tão rápidos quanto o deslocamento de uma piaba na água. A juventude vazia de verdadeira seiva aplaude e se seduz com ritmo eletrizante. Carente em seu interior vazio procura locupletar-se com os efeitos externos dos ritmos frenéticos na música e dança; excitante do mercado cenográfico e fonográfico.
O mundo capitalista alimenta e vive de mercados, novidades, consumos sempre crescente, ilusoriamente a suprir carências e vazios. O próprio Michael Jackson que fora menino pobre, família de cinco irmãos, da periferia dos Estados Unidos, aquele que fora fenómeno mundial, dotado de muita criatividade, ao ascender financeiramente usou e abusou das generosidades e extravagàncias consumistas. Mera compensação que lhe descompensou psiquicamente. Desperdícios, exibicionismos, endividamento.
Fiquemos com o seu lado bonito e isto é comum aos que morrem. Pelos depoimentos dos que desfrutaram de sua convivência Michael Jackson era pueril, amigo, generoso, divertido, honesto, carinhoso com os amigos, não era arrogante, via sempre com o coração. Sempre sorria mesmo com dor. Se preocupava com o mundo e dava ajuda a instituições beneficentes.
Chegou o ápice do sucesso musical em seu gênero inédito contando já com 30 anos de venda de discos. Parecia superar seus conflitos e traumas de infància no palco. Só aparência; no fundo tinha suas fobias, medos, performance infantil, crises de identidade, chegando até branquear o corpo, fugindo da sua verdadeira origem étnica.
Passou anos com a carreira em suspensão, moralmente abalado, embora dirimidas as culpas em justiça, provada sua inocência. O Rei da música Pop grandioso pela obra, pela carreira vitoriosa, era um ser frágil em sua estrutura psíquica, um interior espiritualmente fragmentado. Vivera até o final dos seus dias, isolado, endividado, adoecido com depressões a ingerir medicamentos em excesso. Lutava contra a própria força exangue e preparava-se para um magnífico Show na Inglaterra que poderia tirá-lo do ostracismo e se recuperar financeiramente ou não?!
Em sua pequenez humana morre precocemente provavelmente de overdose de medicamentos. O vazio dos vazios iria preencher ou amenizar os vazios de tantos jovens, seus fãs. Quantos ídolos musicais desaparecidos ainda por causas piores, overdose de drogas; para alegria de todos os que o admiravam, esta não foi a causa do precoce óbito aos 51 anos de idade. Hosana! Faltou a Michael Jackson um elo espiritual que o norteasse, assim poderia ter removido suas dores e lágrimas interiores. Uma conversão, um encontro com Deus!
Para que tantas pompas exteriores, num velório, se em vida lhe faltou um apoio, um lenitivo pra acordá-lo do enorme pesadelo que pairava sobre seu coração infantil perdido e amargurado. Controvertido no que concerne a vida pessoal versus carreira de astro internacional. Faltou o meio termo aristotélico, o equilíbrio. Nele estavam os extremos.
Num caixão banhado a ouro tributo final ao ídolo coroado de rituais, um cortejo fúnebre próprio dos grandes deuses; cantores e cantoras americanos entoavam bonitas canções, uma multidão em Los Angeles, flores vermelhas, lágrimas, lamentos, assim terminou a passagem de Michael Jackson neste planeta, num cortejo a sua morada final.
Feneceu o homem fica para sempre o ídolo. A arte salva a imagem. Só Deus redime a humanidade de suas transgressões.
Já disse um sábio: "ciência sem consciência não é senão a ruína da alma".
Agora o ídolo teve seu encontro com Deus de quem por certo vivia afastado.




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