UFA! Foram embora (as mulheres de ontem, uai!). Deram-me o nome de Flávio e diziam querer ouvir a música que tocava no meu rádio. Terminou a música, se foram.
Mas (sei não...), acho que foram embora porque meu "caro colega" voltou. Ainda bem que trouxe o fósforo. Mas saiu de novo. Fiquei sozinho, ouvindo música.
Hoje aqui estou eu. Como disse ontem, do outro lado da cidade.
Denominam aqui Conjunto Hawai.
Cheguei às seis horas (dezoito...) e logo assumi o posto.
Tenho outro colega de serviço. Só que não é "companheiro de firma". Ele trabalha para a prefeitura, e vigia uma obra contígua à minha.
Vamos ficar no mesmo barraco, só que por enquanto estou ao ar livre.
São dez horas (vinte e duas, ué!), e acabei de ficar sozinho. Haviam aqui, comigo, algumas crianças que após tagarelarem um bocado, foram embora, deixando um para trás.
Chama-se Ronaldo o que ficou, e disse ter cinco anos e estudar na creche do bairro.
Sabe puxar assunto, e tem "papo" de adulto, embora um pouco exagerado com relação a mentiras.
Bem, depois de convidar-me para ir até a casa dele, ver a Geocasta (personagem de Vera Fisher em uma novela Global), e de oferecer-me café, pedindo em troca que eu arranjasse uma namoradinha para ele, disse-me:
_ É, eu vó imbora. Deus óia ócê, óia o trató, óia os canos e os pau e o buraco. Óia ocês tudo.
Eu só pude tirar o capacete e dizer: _ "Amém, e óia ocê tamém".
Ele se foi. Segui-o com o olhar, até chegar em sua casa.
Interessante não!? Cinco anos, e não tem mais que noventa centímetros de altura.
Quê Deus o olhe! |