Em Resposta aos Cordelistas de Primeira
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Lumonê meu grande amigo
Agradeço a sua fala
Prá ouvir a gente cala
É fala que serve de abrigo
Eu também estou contigo
O Lula tem lá seu valor
Não se trata de favor
Quem nele pretende apostar
Prá ver que bicho vai dar
Só não vai contar comigo
Eu já escolhi e te digo
Vou de Ciro bom de bola
No rastro do grande Brizola
Que não merece castigo
Que sabe plantar o seu trigo
Prá alimentar o povão
O trigo da educação
O pão que o povo agradece
Alimento que não arrefece
E faz crescer a Nação
Obrigado, também, ao irmão
Que posso chamar de Almir
Por ele que veio intervir
Dando a sua opinião
Prá quem vem na contramão
Do cordel que é sempre graça
É melhor que não o faça
O que pensa o charlatão
Que rima sem perfeição
A rima que se rechaça
Não é boa esta cachaça
É cuspe da boca prá fora
Prá fazer mal não tem hora
Aquele que faz arruaça
Não vai se criar nessa praça
Que é feita de cimento
Do bom e melhor fermento
De gente como o Fiuza
Do mestre Egídio que abusa
De todo o seu talento
A toda hora e momento
Seja com sol ou chovendo
E a gente vai aprendendo
A colocar mais cimento
Aumentando o rendimento
Dessa linda construção
Que é feita de coração
De quem ama esse Brasil
Do céu lindo, cor do anil
Gente de raça e decisão
Apesar de alguns brasileiros
Que querem ser os primeiros
Assim que chega a eleição
Bajulam demais o povão
Depois abandonam a amizade
Praticam a infidelidade
Por isso encontrei o achado
Um homem bem preparado
Prá governar de verdade