A tarde oscilava entre o pêndulo do orvalho na flor da ameixeira, enquanto as horas quietas, discerniam-se no deserto do espaço, enquanto a brisa sob uma garoa morena, marulhava as janelas do quintal, sob um doce céu anil, fabrica lívida de nuvens, de sonhos guará, que o menino em seus versos, rascunhos certos, não deixava em branco passar...
Febril sabiá verbava maviosa saudade, aquarela de flores a valsar nas marés, dos igarapés, mururés, enquanto atônitos pássaros anônimos, elucidavam Ave-Maria sem parar, enquanto a noite em silêncio, ainda menina, vem soluçar,em regaço a lua minguante na orla da praia, que as pegadas do pai estão a auferir de paz... prá amar.
Alberto Amoêdo 26.06.01 |