— Pensando nos homens, vejo que são boas as coisas boas e más as coisas más.
— Respondeste bem à pergunta, mas não pensaste no que fazes. Se os homens fazem coisas más, pensas no que fazem de mau e isto está errado. Deverás pensar naquilo de bom que deixaram de fazer. Se o homem de bem faz coisas boas, não irás pensar no que de mau não fez. Mas se o homem mau faz coisas más, deverás pensar nas coisas boas que deixou de fazer. Se assim fizeres, só farás coisas boas, mas se pensares na maldade dos maus, pensamentos maus ficarão em tua cabeça e não merecerás estar comigo no céu. Continua, pois, a tua caminhada e pensa só coisas boas, que de homens de bem é que é formado o reino do Pai.
Este diálogo foi imaginado por irmãozinho iniciante nas lides da evangelização. Evidentemente, falta ao texto muito mérito para ser aproveitável em antologia qualquer de mensagens mediúnicas. Mas como só de coisas boas deve servir-se o encarnado fiel seguidor do Cristo, pensamos que algum leitor descuidado possa vir a tirar algum proveito do atrevimento.
Graças a Deus, pudemos apresentar-nos ao trabalho, pois faleciam-nos as esperanças de sermos atendidos. Vou orar muito para conseguir um pouquinho de luz para oferecer o meu esforço e o meu trabalho na proteção dos que se encontram perigosamente perto dos “pecados”. Muito obrigado, irmãozinho, por atender-me.
COMENTÁRIO — MANUEL
Estávamos atentos à influenciação mediunizadora do amigo de última hora e pedimos escusar-nos por termos permitido que mais um texto fosse ditado. Queremos enaltecer a forma pela qual foi elaborado e dizer que pode parecer irreal a situação, mas o trabalho tem mérito e deverá colocar-se entre os que foram escritos. No entanto, longe estão os humanos de entenderem, de fato, o conteúdo moral desse diálogo inventado para enaltecer os que pensam tão-só coisas boas dos humanos.
Não queremos que os encarnados sejam ingênuos e possam ser enganados pelos que agem mal, mas, na busca da compreensão da palavra do Cristo, segundo a qual não deveremos julgar para não virmos a ser julgados, é que trilhamos a mesma estrada do amigo, pensando nos homens em sua bondade e na bondade que resta para ser feita.
Andou bem o escrevente estimulando-se para prosseguir no trabalho, pois o texto do “amigo” é terno e singelo e deverá atingir realmente o coração dos leitores.