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Cartas-->Homenagem ao Aniversário de Brasília -- 12/04/2005 - 12:34 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Aniversário de Brasília
(Por Domingos Oliveira Medeiros)


Final de semana. Um sábado de abril, em Brasília. Dia de descanso Aproveitei para relaxar, saboreando o frescor do vento que, no outono, sopra pelas janelas, refrescando lembranças guardadas nos escaninhos da memória desgastada pelo tempo. Impulsionado pelas recordações, fui buscar nas gavetas de um quarto, um punhado de fotos e recortes de jornais, amarelados pelos anos, que falavam sobre Brasília. Cidade que adotei para viver, morar e trabalhar, e a quem dedico minha eterna gratidão por todas as oportunidades que ela me concede.

E comecei a rever e a reler o antigo material. Brasília, um dia, foi lenda. Sonho, mito e profecia. Um conto de fadas, uma história de amor. Uma aventura arrojada. Já se chamou, até, utopia. Tudo começou no meio do Planalto Central. Em meio à mata virgem, que se perdia no infinito do horizonte. Brasília era, então, bem pequena. Um ponto marcado na prancheta de um engenheiro e de um arquiteto. Brasília não tinha formas definidas. Apenas, um monte de traços e rabiscos.

Aos poucos, Brasília mostrava suas faces escondidas. O chão vermelho, envolto em poeira, suor e lágrimas. Seu esqueleto ganhava formas de cimento, areia e ferro; emoldurados com estacas de madeiras, que lhes davam sustentação. Até que explodiu, em choro sofrido e alegre, como qualquer recém-nascido.

Niemeyer, em traços, a imaginou. E, num instante de amor a concebeu; a desenhou, passo a passo, com a firmeza do concreto e a dureza do ferro suavemente retorcidos, com a mesma arte e leveza dos passos das bailarinas. Burle Max, o paisagista, a embelezou, com seus arranjos de flores. E Juscelino, com canções e serenatas, no seu colo a embalou.

Brasília cresceu. Tornou-se mulher. Gerou filhos. Brasileiros e estrangeiros. Acolheu sotaques e maneiras. Formou famílias inteiras. Operários de uma mesma obra: construção do futuro promissor. A capital dos brasileiros é, hoje, uma cidade acolhedora. De ruas fartas; de belas curvas; Em Brasília andamos com liberdade, no exercício da cidadania. A cidade esbanja qualidade de vida; banhada pelo verde – sua cor mais abundante -, e pelo branco, roxo e amarelo dos Ipês. Capital de tardes em tons lilás. De céu azul e nuvens brancas de algodão.

Na metrópole dos palácios arrojados, e centro das grandes decisões, a vida pulsa com gente jovem e bonita, de todas as idades. Brasília, é hoje, cidade de todos os sabores; de todas as culinárias; de sons variados: do Rock, do Axé e do Chorinho. Cidade de muitas culturas. Resumo de muitas raças. Amostragem perfeita do povo brasileiro. Brasília, em resumo, é rima; é verso metrificado; é poesia. Brasília é o futuro do presente; e o presente do passado.

Parabéns, Brasília! Dia 21 de abril de 2005, 45 anos.

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