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Artigos-->Com Medo de Ser Feliz -- 13/05/2003 - 14:10 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Temendo a Felicidade

(por Domingos Oliveira Medeiros)





O Lula não tem mais jeito

Continua enrolado

Falando de improviso

Critica o lado errado

Agora recentemente

Pagou mico novamente

Fez de conta que é jurado



Assistindo a televisão

Ficou bem indignado

Com o desvio de verba

No Fantástico mostrado

Logo em Porto Seguro

O prefeito em apuro

O dinheiro desviado



Culpa do Executivo

E também do Tribunal

Que fiscaliza as contas

Na área municipal

Ajudando o legislativo

Fazendo o demonstrativo

De verbas daquele local



E o nosso presidente

Fez de pronto a distorção

Exigindo da Justiça

Pronta e firme posição

Como se toda Justiça

Fosse lenta ou omissa

Em favor da corrupção



Não foi a primeira vez

Dessa crítica infundada

Protegendo outro Poder

Onde existe a marmelada

Tanto no Legislativo

Como no Executivo

Onde ela é fabricada



Parece jogo de cena

Com a carta já marcada

Confundindo a população

Há muito manipulada

Pra esconder a verdade

Excesso de autoridade

Sempre mal intencionada



Mas estou desconfiado

Que toda essa jogada

Mais lá na frente um pouco

Com a reforma aprovada

Vai servir bem de pressão

Da parte da população

Se ela for questionada



Junto à Corte de Justiça

No Supremo Tribunal

A reforma da Previdência

Será julgada, afinal

E em surgindo a verdade

A responsabilidade

Não será congressual



A taxação do aposentado

Que o governo tanto sabe

É assunto do passado

É inconstitucional

Mas insiste na medida

Pois não tem outra saída

Para o rombo federal



Assim, insiste na tecla

Esquece do Legislativo

Critica o Judiciário

Protege o Executivo

Esconde suas mazelas

Dentre todas as mais belas

Está tudo no arquivo



Por isso, não sou mais feliz

E me sinto derrotado

Votando pelas mudanças

Acabei sendo enganado

Quero de volta meu voto

Mão em cumbuca não boto

Estou sendo confiscado



Antes que tudo aconteça

Vou levantar a verdade

O Lula já foi brindado

Hoje é aposentado

Por ter sido perseguido

Na ditadura vivido

Recebe um bom trocado



Mais de dois mil e duzentos

Pelos anos de prisão

Sua aposentadoria

Época da revolução

Na década de sessenta

Hoje ele nem comenta

Mais essa acumulação



Mas isso é café pequeno

Há mais incorporação

Entre os governadores

E presidentes da nação

A chamada vitalícia

Com jeitinho e malícia

Faz a feira do feijão



É o caso do Fernando

Que acumula um montão

E Luiz Antônio Fleury

Notícia da televisão

Chega a mais de vinte mil

Do orçamento do Brasil

Agüenta coração



E tem o Chico Aguiar

Que aposentou com 12 mil

Depois de noventa dias

Num estado do Brasil

No governo do Ceará

É difícil de acreditar

Mas esse fato existiu



Justiça, também seja feita

Há exceções, e tem nomes

Ex-prefeito e ex-deputado

Ex-governador Ciro Gomes

Abriu mão de seu direito

Merece nosso respeito

São pessoas de renomes



Pare com a perseguição

Ao pobre do aposentado

Ele não tem culpa não

Do rombo que foi causado

No cofre da Previdência

Tenha a santa paciência

Você está enganado



Quem levou o Lula ao Poder

Votou no PT passado

Este que subiu a rampa

Está de rosto mudado

Por isso, senhor presidente

Não tire o dinheiro da gente

Ou tudo será julgado



Contribuição do inativo

É ato confiscatório

Emenda constitucional

É ato ilusório

Fere direito adquirido

Na Carta está inserido

Reconhecido em cartório



Não se muda Texto Maior

Remenda constitucional

Alterando cláusulas pétreas

Princípio fundamental

Sem causa, a contribuição

É mera discriminação

Tratamento desigual



Recurso falacioso

De quem tem a obrigação

De zelar com o compromisso

Com nossa Constituição

Que não pode ser mudada

De noite e de madrugada

Com segunda intenção



Por fim, se Vossa Excelência

O meu conselho escutar

Respeite o Judiciário

E passe logo a trabalhar

Por liberdade e Justiça

Partindo dessa premissa

A gente só tem a ganhar



Domingos Oliveira Medeiros/

13 de maio de 2003.





PS>: Dedico este Cordel a todas as pessoas que amam a liberdade e a justiça, e que se sentem envergonhadas da triste página, felizmente virada, de nossa história, em que nossos irmãos negros foram vítimas da ganância e da ignorância de grupos de capitalistas interessados no lucro fácil de seus negócios, a partir da exploração de seus semelhantes, como, aliás, ainda hoje se faz, de mais abrangente, onde não só os negros, mais gente de todas as raças, continuam, de certa forma, escravos da obsessão pela acumulação de poder e de capital.



























































































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