Incoerência do Lula
(por Domingos Oliveira Medeiros)
Lula vivia dizendo que se orgulhava do PT, um partido, segundo ele, altamente democrático; que prima pela liberdade de opinião; que respeita o contraditório; fatos, entre outros, que servem de referencial para agregar valor ao partido, o que o torna diferente dos demais.
Quando candidato, Lula chegou a surpreender pela ampla abertura que praticou, objetivando ganhar as eleições. E tudo começou a partir da coligação com o PL; que possui programa e ideais sabidamente opostos aos do PT.
Houve, também, bruscas mudanças de comportamento e de atitude, em relação aos apoios recebidos de gente, até então inimigos políticos, como Maluf, ACM, Quércia e tantos outros.
Mas, uma vez no Poder, ficou o dito pelo não dito. Parece que tudo não passou de bravatas. De fanfarrices. O PT não se conforma que algumas de suas lideranças mais expressivas sejam contrários a alguns aspectos da reforma Previdenciária, notadamente em relação à taxação dos inativos. Justamente o tema que sugere flagrante desrespeito ao Texto Constitucional.
É bíblica a afirmação de que não se pode servir a dois senhores. Nunca deu certo. E não será desta vez. Coerência, já! Afinal, o muro nunca foi referencial para o PT.
Domingos Oliveira Medeiros
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