Tardezinha. O crespúsculo anunciava que em apenas poucos minutos estenderia seu manto arroxeado sobre toda a linha que margeava a extenção infinita da beira-mar. A brisa suave fazia com que as ondas amainassem em meus pés descalços. A última maré havia vazado e os banhistas eram bem escassos. Enquanto a areia engolia, sádica, parte dos meus pés, as bolhas de espumas acariavam-nos como se, num desespero impossível, quisessem subir até minhas canelas, até minhas coxas, arrancar a minha fina e leve saia de organdi e me possuir ali mesmo no descampado da praia.
Naquele tarde eu tinha decidido me descontrair pela imensidaão daquela praia tranquila. Titia tinha me avisado sobre alguns perigos ao andar sozinha, embora ali fosse uma cidade mediana sem registros de quaisquer sinistros.
Alguns casais namoravam na areia, alguns outros ocultos até a cintura pelas ondas mansas, todos a uma boa distância de mim. Ainda alguns casais de pessoas de meia idade faziam caminhada ao longo da praia. Dedeuzi que não enfrentaria qualquer perigo. Fiquei parada sem pensar em nada, mas senti um certo eflúvio despontar do meu interior, uma coisa inexplicável. Concluí que era natural numa moça de dezesseis anos, cuja concupiscência aflora num simples laivo de pensamento.
Atrevi-me a penetrar um pouco mais no mar. Parei quando a água fria começou a atingir minhas canelas. Uma tepidez invadiu todo o meu corpo e eu estremeci. Me virei vagarosamente ao sentir uma enorme mão que tocava levemente minhas costas. O rapaz que trajava sunga vermelha, tinha tórax peludo e avantajado. Sorriu sem muito exagero, mostrando os dentes alvos e os lábios carnudos. Tentando não demonstrar apavoramento fui me afastando devagarinho. "Não se assuste", disse ele. "Só quero conversar um pouquinho contigo, posso?". Foi passando a mão com leveza em meus cabelos, disse que eu tinha olhos lindos, rosto de princesa, fez mais elogios que todo homem sedutor sabe fazer. Eu fiquei hirta. Percebi que tinha sido hipnotizada pelo cara. Senti que meus mamilos estavam ficando rijos, meus lábios tremiam e minhas mãos estavam imóveis. Ele jogou água sobre mim e meus seios pequenos e duros apareceram sob o tecido fino do vestido. Puxou-me mais para o fundo das ondas mansas, estreitou seu corpo robusto ao encontro do meu e me beijou com sofreguidão. Senti sua língua ardente em minha boca latejante. Ele me puxou mais para o fundo, apalpou minhas nádegas proeminentes, disse que eu tinha o bumbum mais lindo do mundo. Meteu a mão por baixo do vestido fino e sem impedimento arrancou minha calcinha. Quando me dei conta estava sendo penetrada por ele. Aquele pênis enorme entrava e saía de dentro de mim, embalado pelas ondas mansas do cair da tarde. Gemi sem me dar conta de que estava num local público. Algumas minutos antes eram poucas as pessoas na praia quase deserta. Depois que atingi o orgasmo percebi que havia mais de uma dúzia de pessoas observando a uma certa distância. Só aí concluí que o mar não é capaz de guardar todos os segredos.
