Tudo é mesmo bem possível neste país nosso e de tantos outros investidores mundo afora. Devemos crer que coisas que até ontem nos eram estranhas, hoje não o são mais. Vejamos: o Fundo Monetário Internacional veio ao Brasil. Eita, não é mentira não. Ele veio mesmo! Quem não se lembra das indigestas visitas que os funcionários auditores do FMI nos faziam, rotineiramente e que eram motivo de chacotas no meio jornalístico de nosso país? Eles chegavam calados e saíam surdos, portando as conhecidíssimas malas pretas. Essa lembrança ainda está vivíssima entre nós. A coisa agora parece que está mudando e para melhor, assim esperamos.
Acabou de ser anunciado pelo Governo Federal que o Brasil emprestará dez bilhões de dólares ao FMI. Dinheirama que, segundo as autoridades monetárias nacionais, será subtraída das reservas internacionais do país, em um jogo de manobras que transporta os nossos dólares investidos em algum fundo internacional, para o FMI. Migrarão esses dólares de um cantinho para outro. Para uma melhor informação, sabemos recentemente que as nossas reservas internacionais ultrapassaram a casa dos duzentos e cinco bilhões de dólares. Um bom dinheiro, diga-se! O FMI nunca teve um ambiente tão propício para bater em nossa porta. Um dia é da caça e o outro do caçador.
Mas tudo é mesmo diferente e já dá para acreditar que esse estardalhaço todo que a Coreia do Norte vem fazendo, seja mesmo além de interesseiro. Não seja novidade nós amanhecermos qualquer dia desses sabendo a notícia de que esse país arengueiro tenha entrado para o Conselho de Segurança da ONU. Não nos espantemos com essa ainda hipótese. Basta que o arsenal nuclear desse país traquino eleve-se mais um pouco e seja suficiente para oferecer um definitivo perigo de destruição considerável ao Japão ou até mesmo à América rica de Obama. Estão sendo generosos demais com ele. Talvez já seja até tarde demais. Quando quiserem agir, o melhor caminho seja mesmo tomá-lo como compadre e promover o que ele mais deseja: ser elevado realmente à categoria de país civilizado. Falta muito pouco mesmo!
E nosso Senado Federal vai à berlinda com a novíssima e já tão famosa crise dos "Atos Sigilosos" de responsabilidade dos seus diretores, driblando a obrigatoriedade dos atos praticados por aquela casa legislativa. Isso é feio e não pode não. A sociedade não mais permitirá que nossos governantes desconstruam nosso país, usando tais indesejosos expedientes. Tem que mudar mesmo! Não bastassem tantas outras crises e já se apontam outras mais. Isso também cansa a sociedade. Vai terminar não havendo mais instituições neste país em que possamos confiar sem receio algum. Sabe-se hoje (até agora) que já ultrapassou a casa dos duzentos e oitenta atos indecorosos, entre os quais está até a exoneração de um neto do atual presidente do Senado, José Sarney. Este, tão metido a sério, deveria dar o maior exemplo de lisura.
Mas eu confesso que não me atreveria aqui, nesta crónica, a adiantar o que poderá acontecer de surpreendente com o trabalho da nova CPI da Petrobrás. Desse mato devem sair coelhos graúdos e muita coisa mais. Acredito que vai ser bem diferente do que a base governista já afirma categoricamente. O deixa para lá do Presidente Lula está se indo e dando lugar ao vamos furdunçar tudo e avisar à sociedade o que há de cheiroso e o que há de podre. Queremos isso mesmo. Brincar de esconde-esconde não deu certo para o Senado, quanto mais para a Petrobrás.
E se nada for mais diferente do que esperamos, muita coisa diferente será revelada e ficará menos fácil aos patrícios diferentes burlar as leis deste país. Aguardemos com muita atenção.
