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Teses_Monologos-->Porque não és tu !... -- 05/06/2004 - 15:25 (António Torre da Guia) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos

Oh... Meu Irmão, sobre tua direção, sobre teu Deus, vou lendo e interpretando em óbvia medida o objetivo, mas não vislumbro sequer uma exígua frincha que me permita colocar um só dos meus sentidos a espreitar, curioso e emocionado o teu aventado rumo. O teu "ali", meu caro, está garantido. Não te aflija o futuro longínquo. Ele será já ali adiante, depositado sob a montanha da sapiência que arrepia de espanto qualquer humano medianamente inteligente.

Leio, interpreto tuas preocupações e a exposição racional da tua conveniência pessoal. Sinceramente, não lobrigo que efeito prático possas lograr para além do gozo espiritual. Sei também para quem escreves... Mas esses não te lerão... Há milhões deles que não sabem ler, pessoas que lutam estoicamente para contornarem a permanente mesma coisa do ócio político, completamente ausentes da ambição de tomarem lugar, por miraculosa sorte, num daqueles cadeirõezinhos pesados sobre trono exuberante.

Vá... Então não sentes correr-te nas veias o esplendor camoniano?... Não imaginas a amargura e o desgosto que o enorme vate viveu às portas da morte?... Não lhe descortinas o génio do relato para além da muralha do egoísmo?...

Perde o tempo que quiseres, meu irmão, mas convence-te pelo menos que o português que manejas e dominas só de algo te serviria se ultrapassasses as barreiras do mesquinho e do anódino espírito que revelas. Poderias até aproveitar para descobrir-te muito mais para dentro de ti e quiçá finar-te como esplêndido asceta. Mas tu, meu Irmão, és apenas um fiel egoísta e submetido servidor do mundo que criticas, para amanhã, enfim, eventualmente afirmares que estaria a melhorar se fosses tu a ditar-lhe a vontade, sentado à escrevaninha que permite com uma só rúbrica movimentar a legião de irmãos com "i" pequeno. Ou não, meu irmão?... Proventura até serias capaz de mudar tudo isto, a começar por mim... À força, meu irmão, à força, a única forma de fazer mudar a tácita hipocrisia humana que cada vez mais persiste e se avoluma.

Nada me apraz, meu Irmão, que não sejas um dos tais que levasses a vida em bem gozado prazer e ao mesmo tempo fingisses que te preocupavas com os outros, os irmãos verdadeiros desta vida. Tu fazes e vives tudo "em nome de"... E sabes porquê?... Porque não és tu!...

Oh... Meu irmão... Como espero e gostaria tanto, lá mais para o fim de meus dias, de ter a oportunidade de reler-me e libertar este escrito de tão amargo sentido...

Torre da Guia = Portus Calle

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