Eu venho não sei de onde
Mandando não sei por quem
Vou comprar num sei o que
Eu não sei onde é que tem
Minha prodologia e boa
Pra tuas perguntas à-toa
Que não valem um vintém
Eu bato nesse teu comedor
Que vive comendo lavagem
Se encontro tu na estrada
Acabo com essa visagem
Posso te mandar pros quinto
Como fiz com véi jacinto
Acabo com tua passagem.
Cachorro no meio da mata
Quando chega vai latindo
Chegou-se até o meio
Agora o esperto vai saindo
Nessa o nêguim se ferrou
Uma das respostas errou
De ti eu agora estou rindo.
Se jumento foi teu pai
Também jumento tu é
Se teu avô era um burro
Neto do burro é o Zé
Depois de burro diplomado
No cartório juramentado
Ainda é mandado por mulher.
Uma banda e meia são quinze
Contando apenas as bundas
Se multiplicar por dois
Trinta bandas são oriundas
Faz perguntas com mais zelo
Ou corto teu sujo cabelo
Cada dia mais te afundas.
Se só entrou os três camelos
Os dromedários não entraram
Some com as patas dos patos
Tire os outros que ficaram
Vinte quatro patas No açude
Só fico imaginado o grude
Que esses camelos deixaram.
Ainda que mal lhe pergunte
E quero que Deus lhe Ajude
Diga quem foi que construiu
Num deserto esse açude
Nem quero saber o tamanho
Camelo não gosta de banho
Nem pato no deserto alude.
Se fala das patas fêmeas
Ele ficou com dezessete
Se for patas que ele anda
Procurando sua vedete
Com duas vai continuar
É o bastante pra ir buscar
As treze que lhe compete.
Diga caboclo insolente
Quanto é que vai ficar
Se de vinte cinco tira
Diga o resto se sobrar
Se és bom na matemática
Siga com essa temática
Que eu muito vou gostar.
Diga o segredo da pirâmide
O que ela diz, eu pergunto?
Se o neguinho não souber
Vai logo virando defunto
A pergunta e a resposta
Ou faço tu comer bosta
Querendo mudar de assunto.
Diga também bem rápido
Do número um até o cem
Quantos noves contem neles
E a soma de todos, porém
Se não souber, vá embora
Não fique aqui fazendo hora
Querendo ser matusalém.
