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Cronicas-->Reflexões de saudades -- 13/06/2009 - 17:51 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Reflexões de saudades



Resolvi recolher-me nesse carnaval de 2009 e reformular olhares, ser mais atencioso com as ações que estão acontecendo à minha volta e, com isso, procurar entender o porquê das cruzes e dos ombros de quem ainda vive reclamando de desamor próprio do homem audacioso que sobrevive na modernidade.
Atrai-me densamente um perfil diferente dos mais vistos, que o homem atual reluta em defender e viver. O romantismo está sendo posto a rebalde e a poesia só sobrevive nos braços raros de poucos. É como se a humanidade tivesse elegido o "quem for fraco que se quebre" para encher a motivação de vida das tribos atuais. Eu prefiro mudar e mudar para bem melhor, justificando ser uma criatura divina, tecida para o amor e a compreensão. Sei que é deveras difícil, mas nada que um forte e persistente empurrãozinho da vontade não possa fazer.
A religião, a família, a tradição, a sã convivência, o amor ao próximo, sobre tudo isso andei refletindo. Achei-me dentro dos abismos em todos esses itens. Eu era a própria falha, o próprio descuido com o bem viver. Estava nas faltas achadas em minha própria reflexão de vida. Escondi-me do barulho e achei-me no avesso do fogo espalhafatoso das máscaras, dos confetes e das serpentinas, como um pierrot pensante mas fora dos salões da dança fantástica dos carnavalescos do momento. Nada melhor do que a gente se reencontrar na mansuetude das necessárias redescobertas de vida, tendo consigo o alívio de novas percepções, dentre elas a que nos indicam rumos novos, sábios acertos, grandes procuras.
O homem carece estar refletindo cotidianamente e reparando suas falhas, permitindo-se amar sem preconceitos, desejando ser cada vez menos egoísta. A espiritualidade deve estar mais forte entre todos. O agnoscismo na maioria das vezes não leva a nenhum lugar apreciável. É deveras mais fácil não crer, duvidar.
Quando amamos, renovamos uma divina construção que temos dentro de nossas almas, lugar nobre onde habitam o amor verdadeiro, a fraternidade perfeita, a vontade de sobreviver com dignidade. O homem faz o seu próprio destino, mas pode ter isso muito facilitado quando ele sabe o que quer e o que faz de mais apreciável pelos outros. Nossa liberdade é um instrumento com o qual podemos discernir ou ignorar nossas ações. Um homem que ama verdadeiramente não se afasta dos bons propósitos.
A melhor reflexão que poderemos fazer é a mais simples e profunda, a que nos fala de nós para nós mesmos, ensinando-nos que a vida é um contínuo exercício de amor ao próximo e de evolução do espírito. A sabedoria vem como fruto de tudo isso.
Eu amo amar a vida e chegar ao fim de um dia e ter a certeza de que sorri bem mais do que chorei. Amar o meu próximo é dividir com ele a porção de felicidade que consegui achar dentro de mim. Minhas falhas, também cotidianas, eu as ponho para dormir e quando as acordo na direção de minhas novas reflexões, entendo que elas foram necessárias para que eu entendesse o sabor da dor e a cor dos cantos onde a vida nos leva a pedir e a conceder.
Há um lado cultural no carnaval, um outro lado místico e, por absoluta imperfeição do ser humano, o pior deles, o absolutamente inconfundível, que é o da violência gerada pelos excessos.
Quando reflito sobre a vida, acho-me dentro dela menos imperfeito do que antes. A reflexão é o bálsamo do alento para a alma. Viver assim é domar-se de amor no dia-a-dia.
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