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Diário do Dia a Dia
Entrando No Terceiro Milênio Sem Medos Ou Utopias
Na verdade o século XXI vai começar no ano 2.001 e o terceiro milênio no ano 2.000 (Antonio Carlos Andrade-Jornal Meio Norte, Teresina-PI, 06.12.98).
Hoje se gasta um milhão de dólares por minuto em armas no mundo, temos armamentos para destruir o mundo, armamentos que fazem a bomba de Hiroshima ser uma mera espoleta, no entanto, morrem 40 mil crianças de fome por dia no mundo, então, toda essa tecnologia só criou um mundo absurdo, se não houver um despertar, uma compreensão de fraternidade das relações humanas, o significado da vida perde o sentido (Ricardo Lindermann-Jornal Meio Norte, Teresina-PI, 06.12.98).
Agora, se a humanidade compreender que o homem não pode ficar desligado do seu ambiente, o melhor caminho para entrar na Nova Era, com boas perspectivas, será adquirir uma consciência ecológica. Depois de milhares de anos de destruição, é possível que no Novo Milênio a vida na terra se torne inviável se não houver um equilíbrio atmosférico pois a terra é viva e para ela ser o protótipo do paraíso é preciso que o homem administre o meio ambiente em benefício dos seres que nele vivem. O homem consciente que faz parte da natureza é a própria natureza consciente de si mesma (Tânia Martins-Jornal Meio Norte, Teresina-PI, 06.12.98).
Para muitas pessoas, a chegada do ano 2.000 é sinônimo de muitos castigos. Os apocalípticos acham até que é o fim do mundo. Entretanto, para outros não passa de uma grande bobagem essa expectativa toda. “Na realidade, o tempo não existe, é uma abstração. Esse calendário é uma construção cultural, que varia de cultura para cultura. Tanto é, que tem cultura que não vai comemorar”, avalia o contista e professor do curso de Letras Airton Sampaio. Sampaio diz não entender como a mudança de século ou milênio poderia melhorar a vida de pessoas, pois o que influência não é a questão do milênio e sim a prática de um sistema desumano e cruel como é o capitalismo, que incentiva o egoísmo e o individualismo das pessoas, valores que já existem dentro do ser humano. “Eu, por exemplo, não vejo como mudança de século e nem de milênio. Do ponto de vista histórico, o tempo é muito grande. Além do mais, em vários momentos da humanidade ocorreu essa angústia em função não só do milênio, mais de outros interesses”, salienta. Airton acredita que essa ansiedade é causada pela exacerbação do capitalismo em nome da globalização. “O ser humano é ao mesmo tempo bom e ruim. O que o capitalismo faz é incentivar essa lado ruim. Valores como fraternidade e solidariedade estão desaparecendo”, comenta. Seria esse o motivo da valorização do misticismo por parte das pessoas. “Eu tenho uma utopia. Ou o ser humano volta a cultivar esses valores (amor) ou vai desaparecer” (Rita Lúcia-Jornal Meio Norte, Teresina-PI, 06.12.98).
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A terra é um cisco de areia no olho do tempo (Boaventura).
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Tarciso Coelho, Crato (CE), 14.01.2021
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