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Artigos-->202. CRIAÇÕES DO MEDO — OVÍDIO -- 10/05/2003 - 07:30 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Os espíritos mais avançados nas sendas do Senhor têm o poder de atuar sobre a matéria mais densa, catalisando as energias e transformando a matéria bruta em ondas de sutil valor volátil, de modo a plasmar figuras e artefatos com que passam a agir, em função do serviço a que foram destinados pelos mestres e orientadores. Dificilmente, entretanto, descem ao mundo físico da carne implantada sobre a face da Terra, uma vez que, nesse caso específico, dar aos encarnados vislumbres de miraculosas aparições é fazer com que estimulem os centros nervosos, procurando imaginativamente a criação de mitos, transformando o que seria auxílio para a compreensão da existência em dantesca fantasmagoria, em que, no mínimo, horrendos demônios apareceriam lampejando chamas destruidoras, enquanto monstros de aparências disformes iriam povoar a mente humana tão infantil e suscetível de criações amorfas, aplicáveis no domínio e na exploração de muitos pelos mais poderosos na organização da maldade.



Esses entreveros entre o humano saber fundamentado nas percepções oriundas dos meios de captação da realidade sobremodo correlacionados com as sensações físicas dos sentidos, considerados como o aparato mais conveniente para o indivíduo conhecer o mundo em que vive, com o plasmar do conhecimento adquirido por via meramente intelectual, que admite a criação de mundo supranormal, sem a intervenção do fabuloso, do mitológico mas fundamentada tão-só nos arcabouços mentais organizados segundo estruturas absolutamente lógicas, originariam ampla correlação entre a fábula e o conhecimento verdadeiro, de forma que o homem retornaria aos sonhos mais primitivos, confundindo a verdadeira manifestação do etéreo com as ondas de vibração de seu próprio imaginar, tomando como inerente ao campo emocional o que seria razoável entender como configurado apenas no intelecto ou na consciência. Desse modo, ficam os seres superiores impedidos de atuar junto aos mortais, embora o façam com freqüência junto aos desencarnados, com os mais variados motivos e funções.



Se a capacitação humana se estendesse um pouco além do que hoje é o seu apanágio, poderia o homem fazer por merecer mais íntimo contacto com o plano etéreo, que o aguarda para breve, assimilando conhecimentos que o levariam, mais rapidamente, a galgar os degraus da longa escadaria que aguarda cada um de nós na escalada obrigatória a que todos estamos fadados, pois é nesse sentido que deveremos caminhar, quer queiramos, quer não, uma vez que está indelevelmente escrito, no “Livro do Destino Humano”, que os filhos se unirão ao Pai, em torno da mesa da eterna bem-aventurança.



Se é destino de todos nós essa contínua ascensão, por que não facilitarmos as coisas para que tal subida seja mais amena, mais confortável, mais segura, mais rápida? Por que não aceitarmos definitivamente a conformação espiritual e a vocação moral, para nos inteirarmos de vez dos recursos que estão disponíveis, para que o caminhar seja mais alegre e mais saudável? Será que estamos esperando as miraculosas aparições que os antevos aguardavam, quando se internavam nas cavernas para proteção do clã e pensavam estar diante da Divindade à presença dos lampejos incandescentes dos relâmpagos e sob a áspera voz dos trovões, diante do cataclisma que rompia a rocha e arremessava para o alto em borbotões a lava inflamada, que parecia a própria força destruidora aos pobres mortais apavorados? Esse medo, mesclado à grandiosidade da natureza, internou-se, é verdade, no inconsciente humano e emerge a cada nova e fascinante manifestação do poderio natural. No entanto, a ciência já desvendou os mistérios do mundo físico e sabe discernir o que é meramente material do que é psicologicamente criado pela imaginação humana.



Não queremos menosprezar o conhecimento científico. Ao contrário, estamos incentivando a que o encarnado se dedique ao estudo de sua esfera, para, com mais sabedoria, poder definir o mundo, em função da verdade evidenciada. Entretanto, o saber humano assim delimitado fica restrito a uns poucos sábios que se esmeram em, cada vez mais, enfronhar-se no campo do conhecimento material, esquecidos de que a maioria sofre dos males da ignorância mais absoluta. Deste ponto de vista, é muito prejudicial o fato de que as crenças, os usos e os costumes religiosamente solidificados mesclem, em sua manifestação de fé e de confiança na Divindade, conhecimentos de origem carnal com superstições adquiridas através de idéias tolas de poderes supranormais de que estariam alguns seres privilegiadamente sendo detentores.



Para tornar a mensagem mais clara, vamos exemplificar. É comum encontrarmos pessoas absolutamente dignas quanto ao procedimento relativamente aos familiares, aos amigos e conhecidos, elevarem preces solicitando a punição de eventuais desafetos, agraciando os seres a quem pedem proteção e ajuda com os bens meramente terrenos, como água-de-cheiro, sabonete, comida e até aves e sacrifícios cruentos de pequenos animais, quando não chegam ao absurdo de sacrifícios humanos. Essa mescla, como vínhamos dizendo, dos conhecimentos verdadeiros de que dispõem os humanos, com o mundo da fábula, arruína as possibilidades de crescimento moral e espiritual, pois faculta aos encarnados a pretensa dominação da matéria organizada e do sobrenatural. Assim, os homens perdem oportunidades preciosas de crescimento real na estrada da vida e necessitam, cada vez mais, resgatar compromissos que, assumidos, não chegaram nem de longe a ser tocados.



Este longo discorrer a respeito das condições morais do homem encarnado em cotejo com sua falsa pretensão de poderio vai levar-nos a conclusão lógica: o homem irá perlustrar os caminhos da Terra, durante muitos séculos, em completa escuridão mental, embora luzes da espiritualidade estejam sendo acesas por toda a parte pelos amigos das esferas superiores, que não se cansam de enviar mensageiros do divino amor, para fazer renascer no espírito humano aquela chama de respeito à criação e ao Criador.



Por isso, vamos clamar aos céus pelos encarnados, para que se mantenham aquietados em seus humanos quefazeres, de maneira a propiciarem-se momentos de recolhimento e prece, em que poderão refletir a respeito de sua atuação mental e de seu procedimento físico e, ao mesmo tempo, para que abram as mentes e os corações para a influenciação espiritual digna, originada dos altos padrões vibratórios que estão solidamente implantados nos Evangelhos e na codificação kardecista. Se os homens se dedicarem ao estudo das verdades desses livros sagrados, poderão fazer fenecer a vanglória para obter os conhecimentos básicos da vida espiritual, o que lhes facilitaria o caminhar ascendente à casa do Senhor.



Oremos, pois, irmãos, e roguemos aos amigos da espiritualidade superior para que prossigam sem cessar a enviar-nos as suas luzes, em abundância, para que possamos, cada um de nós, absorver da verdade aquilo de que estamos necessitados, tendo em vista a nossa grosseira ignorância. Se todos os males se originam dessa mãe comum, favoreçamos o crescimento interior com o estudo sério e generoso das obras do espiritismo e aceitemos discutir os dogmas que nos foram impingidos por séculos e séculos de dominação fantasiosa das religiões esotéricas. Façamos por espantar das mentes as idéias de grandeza do humano poder e humilhemo-nos diante do Senhor, dada sua infinita sabedoria.



Busquemos na fé o anteparo do comportamento, mas fé esclarecida, fé mesclada de saber, fé em que, sem méritos, não nos sentaremos àquela divina mesa da eterna confraternização.









COMENTÁRIO — HERMÍNIO



O amigo Ovídio veio trazer-nos mensagem de muito amor aos encarnados. Teme, evidentemente, pelo futuro da humanidade, pois a negritude que se estende no horizonte da vida humana sobre o orbe parece ameaçar tempestade de profundas conseqüências para todos os que, desprevenidos, prosseguem maculando a obra do Senhor, através de seu orgulho, de sua empáfia e de sua absurda crença de que tudo podem dominar nas esferas da carne e da espiritualidade.



Esse temor é plenamente justificável, mas é preciso saber que Deus é pai e sua misericórdia não há de permitir que a tempestade se abata sobre toda a humanidade, embora seja justo considerar que todos os que não fizeram por merecer adentrar o reino de Deus devam ficar debatendo-se nas trevas de sua ignorância e maldade. Neste aspecto, o resultado da mensagem é muito satisfatório, pois, desse grito de alerta, deve surgir algum efeito regenerador para quantos se compenetrarem, ao lerem o texto, de que algum compromisso devem ter assumido com a vida antes de internarem-se na carne.



Quanto à preocupação do escrevente, é bem natural, pois a imantação esteve bastante precária em alguns momentos, dados os prejuízos causados ao ambiente pela vibração ardorosa do mediunizador, que se viu compelido a escrever sobre tema cujo domínio não está totalmente realizado. É preciso, pois, que o irmão refaça o texto e venha, em, outra oportunidade, executar novo ditado, organizando-o de modo mais coeso e orientando o escrevente de maneira mais eficaz e precisa.



De qualquer modo, entretanto, tem o mérito da preocupação legítima de quem está amorosamente ligado aos encarnados e prima por apresentar concerto de idéias bem racionais, fundamentadas nos conhecimentos hauridos dos Evangelhos, principalmente no que tange à orientação impressa ao texto quanto ao avançar evolutivo sob as luzes dos conhecimentos de que estão impregnadas as obras espiritistas.







Vamos orar em conjunto o pai-nosso para restabelecermos o nível de imantação necessário para prosseguirmos os trabalhos.



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