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Cronicas-->1973 - Edna -- 21/05/2009 - 21:25 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Difícil é procurar no vazio algo que nos encha de amor, de calor e de dor. Tudo rima, todos cismam com a felicidade, nesta triste realidade sem idade para sentir o peso da cidade, que ora nos acaricia, ora nos mata.
Vã é a procura de coerência num turbilhão de idéias, que, mesmo sem nexo, têm sempre o dom de fazer sentirmos uma sensação de prazer, que mais parece dor. Oras, porque calar, digo eu, mas como falar, se abro a boca e não consigo fazer-me entender por ninguém. Todos estão correndo na lentidão de suas vidas, que já morreram.
Gosto muito de rimas, não sei porque. Ah! Espere um pouquinho só - afirmei que gosto de rimas, ta certo, mas antes preciso saber se aquilo que escrevo tem rima, tem razão de rimar com o que penso. É... Acho que tem, pois eu vivo metido em encrencas.
Encrencas, que eu falo, é o pessimismo que, às vezes, me invade; que, às vezes, toma conta do meu cérebro. Agora, por exemplo, estou pensando e estou escrevendo algumas coisas, que nem sei se estão rimando com a razão de meu ser.
Sei que está saindo uma bela porcaria pois veja só não estou obedecendo pontuação nem estou obedecendo a lógica gramatical estou sendo levado pelo instinto da mão acostumada com caneta eu sei que vou conseguir dizer tudo o que sinto por você.
Vou conseguir, vou conseguir. Consigo, sigo o rumo do prumo, torto no ponto morto e tonto, que às vezes sei lá, oras, viu essa: "ponto morto e tonto".
Juro que não sei porque escrevi isso aí em cima. O que eu quero te escrever, te dizer é algo que estou tentando traduzir para palavras, o que já consegui descobrir em meu íntimo.
Não se assuste com tantas bobagens, mas até eu conseguir que esta página fale, vai demorar um pouco. Sabe porque eu quero que ela fale? Por que ela está me enxergando, ela está consciente de que no meu cérebro, no meu coração já está começando a reinar o otimismo, a alegria de viver.
Eu quero é viver a VIDA! Vida, oh! Vida, que eu amo. Eu tenho que gostar de viver, não posso pensar em ser pessimista; coisa difícil de se aguentar é o pessimismo.
Mas agora tudo está bem. Sabe, eu estava triste, porque não sei, mas que estava, estava.
Edna. Estou...
Sorrindo sozinho, triste por ter te magoado algumas vezes, triste por deixá-la sozinha alguns dias, alegre por te amar, chorando por não estar agora com você, quieto pensando em ti, compenetrado te olhando em meus olhos, ansioso para te ver, louco por você, chorando por ser grosseiro, gamado por ti, me xingando por te beliscar, vivendo para você, morrendo para mim, nascendo para nós.
Edna, por favor, não me esqueça, porque eu estou apaixonado por você, viu!
Esta, além do ano, tem data, foi escrito em trinta de agosto de mil novecentos e setenta e três, uns cem dias de namoro, já um tanto quanto enamorado, que coisa não, estamos no pedaço até hoje.
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