Renascimento
Era fim de tarde. Um dia como todos os outros, cujo fim encontrava-me sentado no meu escritório, frente ao computador, a fazer manutenção no mesmo ou simplesmente a fuçá-lo. Não sentia vontade de ir para casa.
De repente um "Oi!", espontàneo, na janela chamou-me a atenção. Sobressaltado ergui os olhos e lá estava ela. Linda! Jovem, espargindo exuberància! Transcendendo a luz com sua claridade!
Respondi-lhe, polidamente - Oi. Pois não?!
- O que funciona aqui? Quis ela saber, ainda da janela. - Um escritório da união das associações de moradores de Montes Claros. Respondi. - Posso entrar? - Claro! Ela perguntou e eu respondi.
Naquele dia minha vida mudou, completamente. Primeiramente tornamo-nos grandes amigos e ela, solícita, passou a ajudar-me no escritório. Exímia secretária; inglês fluente; adepta da filosofia e entusiasta das causas populares. Era tudo o que eu pedia a Deus, naqueles dias.
Ela foi ficando, se aproximando... CRAU! Deu o bote! Tentei desvencilhar-me de seu abraço mortalmente gostoso, mas sem êxito. Na realidade debati-me pouquíssimo. Me rendi logo.
Êxtase!!!!
Foram cinco anos de amores, ódios, rancores e perdões.
Muita coisa aconteceu. Marcas profundas ficaram em nossas vidas, decorrentes dos muitos embates, mas a amizade a tudo sobreviveu, trazendo em seu alforje, cuidadosamente guardadas, as boas lembranças, vividas, gozadas, curtidas...
Poucas pessoas tiveram o privilégio de sentirem-se amadas como eu me senti durante esses cinco anos.
F alar de você é bom;
L embrar-me de você é gostoso;
A rrepender-me de ter tido você, jamais.
V ocê deu-me novo alento;
I nstigou-me ao contentamento...
A miga, você é demais!!!
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