Hoje quando peguei o ónibus avistei Margareth , uma anciã com quem sempre converso no coletivo . Ela contou - me a história de Lea , uma fazendeira rica que deu seu marido para uma viúva em troca de algumas terras , nos anos cinquenta , época em que o moralismo predominava .
Logo lembrei - me da secretária americana Hilary Clinton que lançou uma rifa onde a vencedora ganhará um prêmio , que é um jantar intimo com o ex - presidente Bill Clinton , marido da própria Hilary . O pior é que este sorteio tem o objetivo de quitar as dívidas que a secretária de estado obteve na sua campanha eleitoral .
As tietes das comunidades , de um site de relacionamento na Internet , intituladas : "Quero Dar Para o Bill Clinton" e "Eu Queria Ser Mónica Lewinski" ficaram eufóricas .
Ao pegar o outro ónibus escutei uma senhora falando que na festa junina colocará o seu marido na barraca do beijo , como beijoqueiro de plantão , porque precisa muito de dinheiro e não sente mais ciúmes do companheiro .
Espantei -me com estas histórias , pois já tinha ouvido causos em que os pais vendem as filhas para sair da miséria . Mas nunca escutei histórias em que as esposas rifam os maridos .
Se esta moda de rifar maridos pegar , de vez no Brasil , haverá um reboliço . Afinal segundo pesquisas sérias em nosso país há quinze mulheres para cada homem .
Luciana do Rocio Mallon