Fora de qualquer preceito religioso é deveras impossível pontuar-se os pecados como algo sério ou até mesmo existente. O que em mim acha-se errado aqui, pode ser glorioso acolá no cerne de uma outra cultura distinta da nossa. Despautérios à parte, as notícias atuais sobre o Presidente paraguaio, Fernando Lugo, parecem estar chocando mais o planeta pelo tamanho de sua prole do que mesmo pelo "pecado" contra a castidade cometido por ele, nem sei se mais Bispo ou reprodutor. E haja coragem para um homem, vivente da América pobre e tecedor de prole tão vasta! E se não houvesse a batina, quantos filhos Lugo já teria tido? Poxa vida, bota coragem nisso, ou burrice mesmo!
Se alguns empalidecem com o susto, outros ficam rubros pela ira de desvendar o "pecado" do Bispo Presidente. A imprensa adora pór na berlinda essas notícias acre-doces do mundo político-religioso. O Vaticano põe os pés de molho e silencia com temor de que o escàndalo faça plantão no Domo de sua Santa Sé.
Aos que acreditam que tudo isso representa apenas a parturição de idiotices, não se afirmem nessa crença não! O Presidente Lugo representa a instituição clerical e, se já é impermissível a um homem comum pecados dessa monta, ser pai uma vez à s escondidas, quanto mais sê-lo multiplicado por tantas mais, à s escàncaras e sendo ele um bispo.
O espetáculo noticioso enche os pratos da mídia e pode ser até entendido como um outro espetáculo de desmoralização social. O Bispo que se tornou Presidente do Paraguai perdia muito tempo a seduzir suas ovelhas e fazê-las procriar?. (Se tudo isso que se tem noticiado for mesmo verdade, é claro!)
Se o Sr. Lugo quisesse tanto satisfazer seus instintos, que não tivesse enveredado pelos trilhos institucionais da Igreja Católica. A forma propícia para ser pai e, diga-se, de numerosa prole, seria do lado de cá da hierarquia eclesial. É fácil entender que nesse caso em voga, é carecido pór sobre ele um adjetivo mais denso, além de saber-se de sua imprópria gulodice nos sentimentos carnais.
Nada disso é tolerável a um homem comum, quanto mais a um bispo que se transformou em Presidente da República do Paraguai. Quando essa meninada crescer, vão faltar lugares nas igrejas do seu país, risos à parte. Que ninguém se espelhe em sua coragem/descuido para desconstruir o controle da natalidade no mundo atual, tão cheio de carências e hiperpovoado por famintos.
