Usina de Letras
Usina de Letras
26 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62285 )

Cartas ( 21334)

Contos (13267)

Cordel (10451)

Cronicas (22540)

Discursos (3239)

Ensaios - (10388)

Erótico (13574)

Frases (50677)

Humor (20040)

Infantil (5458)

Infanto Juvenil (4780)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140818)

Redação (3310)

Roteiro de Filme ou Novela (1064)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1961)

Textos Religiosos/Sermões (6209)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
cronicas-->Condução Amorosa -- 18/03/2001 - 15:50 (Fernanda Guimarães) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Condução Amorosa

Como pássaro, meu corpo desliza, desafiando céus desconhecidos. Flutuo na placidez da emoção que me conduz. Entrego-me, exponho-me, deixando para trás as folhas do outono, vestígios da estação que enfeitava a paisagem da minha vida.
Sinto o vento leve que ressuscita o sentido tátil do meu coração. É ele que vem acordar o afago esquecido, o carinho pulsante que grita na solidão da minha alma. Ao me tocar, um estranho rugir de sonhos faz despertar. Um turbilhão de ànsias ecoa em labirintos jamais percorridos e, quando vacilantes meus passos me detêm, ele me leva na mansuetude do seu olhar. Abre meus portais e na aquarela inócua dos meus olhos, vai pintando cores, enquanto observa cada efeito que elas produzem em meus olhares. Amorosamente, não apenas me sinaliza caminhos, mas observa as reações do meu coração a cada momento vivido. Folheia-me com seus dedos de veludo, debruçando-se nos contornos dos meus silêncios. Desnuda minhas resistências, meus medos e põe-se a beber do que transborda na mudez explícita dos meus desejos, somente visíveis a sensibilidade das carícias acetinadas pelas mãos dele.
Aos meus ouvidos, a voz dele não chega. Em signos próprios, um diálogo vai sendo delineado, enquanto ele me decifra em expressões e sentimentos que até eu mesma ignoro. Perceptíveis são as sensações que ele vai esculpindo, fecundando as estéreis esperanças que repousavam nos abismos do meu viver. Invade meu peito com seus misteriosos e enigmáticos sorrisos, acendendo auroras em meus dias, fazendo-me renascer qual Fênix, quando segundo por segundo, desenha lagos serenos em minhas áridas íris.


© Nandinha Guimarães
Em 18.03.01
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui