Usina de Letras
Usina de Letras
134 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62181 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22532)

Discursos (3238)

Ensaios - (10350)

Erótico (13567)

Frases (50584)

Humor (20028)

Infantil (5425)

Infanto Juvenil (4757)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140792)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1959)

Textos Religiosos/Sermões (6184)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->POR QUE? -- 17/03/2001 - 22:52 (Leon Frejda Szklarowsky) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
POR QUE?

Por que escrevi HEBREUS, uma história para crianças de todas as idades?
Como surgiu a idéia?
Afinal, até ha pouco, só escrevera poesias, Cronicas, cartas, comentários, ensaios, livros jurídicos, artigos jurídicos, pareceres, conferências e discursos.
Eis que, de repente, algo inexplicado, ou até muito bem explicado, conduziu-me para este gênero literário. Fez-me caminhar ladeira abaixo até chegar a este lugar desconhecido para min, até então.
De madrugada, sem conseguir dormir ( é raro ter insónia, felizmente ), deu-me vontade de escrever sobre qualquer assunto, livremente, sem qualquer compromisso. Nada de ficar atado a um tema ou a um estudo científico.
Desejava voar sem qualquer constrangimento, alçar as alturas, atingir as estrelas cintilantes, voar como uma borboleta, festejar nas alturas celestes o encontro com a senhora lua, que já não era mais uma mera desconhecida dos homens, porque no entardecer do século que se findou, há pouco, o homo sapiens havia pisado suas entranhas. E nada conseguira conhecer mais que já sabia. E, no entanto, sentia-se orgulhoso de sua jornada, jamais imaginada antes. Ou este sonho - realidade era a repetição do feito de ícaro? Quem sabe. E, de repente, há quem duvide que o homem tenha chegado à Lua. Eis que alguns cientistas de plantão põe em dúvida a chegada triunfal do ser humano terrestre ao Templo Selênico. Parece-me o absurdo dos absurdos.
Sem que soubesse por que, comecei a sonhar com as crianças de todo o mundo, pobres, ricas, famintas, bem vestidas, chorosas ou sorridentes, doentes, moribundas, que desejavam apenas viver, também sonhar como eu, imaginar as coisas bem diferentes do que são, porque nada mais queriam senão um pouco de felicidade temperada com um pouco de alegria.
Vi-me então com saudade de minha mãe. Há quanto tempo se fora, para nunca mais voltar. Não é verdade. Estava sempre ao meu lado. Meu pai também. Prometera nunca me abandonar e sempre o sentia ao meu lado, embora não mais estivesse no mundo dos vivos, há quase meio século. Faz tanto tempo assim, meu Deus! Como o tempo passa tão depressa. Não, não, o tempo é apenas parte da eternidade que nunca começa, nunca termina!
E assim imaginei minha mãe e meu pai, ao meu lado. Eu voltara para o passado. Perguntava a ela, por que os homens brigavam tanto, não se entendiam, por que havia diferença entre eles, os negros, separados dos brancos, os judeus maltratados, por outros, a religião separando os homens. Estes se matando uns aos outros, em nome de um Deus misericordioso.
Iniciei, então, uma narrativa em forma de diálogo, explicando a mãe ao filho o significado da igualdade e a rejeição da discriminação entre os seres humanos. Gostei da experiência. Afinal, a criança deveria entender a narrativa, em forma de conversa informal. Em seguida, dois compadres encontraram-se num lugar qualquer deste Brasil, e entabularam a conversa sobre algo que se voltava contra o seu entendimento. E o mais culto deles, desafiando a gravidade de sua inteligência, explicava ao outro o que era a tal da improbidade que todos comentavam mas ninguém entendia.
Num outro momento, a mãe pós-se a ensinar, ao filho de dez anos, o significado do sequestro, já que o pai de seu amiguinho fora sequestrado naquele mesmo dia. Era, aliás, uma história real, como tantas há, que me comoveram, a tal ponto de desejar contar ao menino o que se passara com a infeliz vítima desse hediondo crime. E fizera-o, por meio de diálogos.
Daí para o livro, fora um passo ou mais, precisamente, um galope.
Pretendia narrar a história de um povo, intimamente ligado ao Brasil, seja pela religião, seja por sua contribuição ao desenvolvimento do País, desde a colonização, já que os hebreus, descendentes de Abraão, como os árabes, crêem num Deus único, são monoteístas, como o são os cristãos, maioria do povo brasileiro, e estes estão intimamente ligados ao judaísmo, pela descendência de Cristo. E entre os primeiros colonizadores da Terra de Santa Cruz destacavam-se também os judeus.
Nada mal narrar a história para crianças, em forma de diálogo. E, assim, comecei a história dos hebreus, desde Abraão até a visita do Papa João Paulo II, à Terra Santa, em março do último ano do século passado, entrelaçando com fatos históricos da atualidade. Parece ter decorrido tanto tempo, desde que terminei o livro. Afinal, passamos mais um século, mais um milênio. E, no entanto, não faz sequer um pedaço de tempo.
E agora faltava editar, porque uma obra sem editor é como um frasco vazio. Não obstante, a Editora Elevação, em tempo recorde, publicou o livro que seria indicado para o prêmio JABUTI 2001 e, sinceramente, ultrapassou minhas expectativas, pois sua aceitação está sendo bem marcante, não só entre as crianças, mas também entre os adultos, porque, segundo narram os comentadores deste pequeno livro:
"É louvável a iniciativa do autor, ao dedicar parte de seu tempo, na concretização de um sonho: conduzir as crianças de todas as idades para um mundo que se pensava perdido, para sempre.
Ao fazer este investimento a longo prazo, sem dúvida, os benefícios e os dividendos serão certos.
O autor, em estilo acessível, simples e direto, chega à criança, mas envolve também os adultos, fazendo-os sentir também criança, com tanta beleza, pureza e ingenuidade de uma época que não volta mais. E, por isso mesmo, sua ousadia é por demais gratificante.
O estilo é revolucionário. Através de diálogos, como o faziam os filósofos gregos da antiguidade, narra a história dos hebreus, que é também dos cristãos, devido às raízes comuns, remontando ao tempo de Abrahão, do êxodo, dos patriarcas, dos reis, dos juízes e do exílio, desde a Babilónia, como enfatiza o Padre Jaime Pereira. E chega até a caminhada do Santo Padre, João Paulo II, pela Terra Santa, chão benquisto das três grandes religiões. O ecumenismo da obra é patente. Nela não há lugar para paixões estéreis. O mundo que edifica é do amor e da solidariedade. Faz a criança sentir, desde logo, que todos somos iguais, filhos de um só Deus, e que, conquanto falte muito para atingir-se a Era Espiritual, o homem há de aprimorar-se, não importa quanto tempo leve, porque como afirma a professora de sua história, a grande humanidade é boa, o homem bom vive dentro de todos nós.
Neste estágio da história humana, não há que falar mais em racismo, discriminação, intolerància, guerras étnicas, de qualquer espécie. E isso está bem contado. Só a criança, o futuro da humanidade, poderá redimir o ser humano, com a presença de Deus, onipotente e onisciente.
Como diz o menino de dez anos que leu a obra: " o livro é muito interessante, é uma história divertida, onde se aprendem muitas coisas".
Eis a história de meu primeiro livro para crianças de todas as idades e porque dediquei a elas, uma vez que são as crianças de agora, a elite pensante e os braços de amanhã, que promoverão uma verdadeira revolução, na sociedade e nos costumes, aproveitando o que há de bom, entre nós, aprimorando a educação e permitindo que todas tenham escola e possam desenvolver seus dotes e criem mais empregos, porque, neste País, não falta o que fazer. E assim se fez o livro HEBREUS - HISTÓRIA DE UM POVO.

Leon Frejda Szklarowsky.:
Professor, advogado, subprocurador da fazenda nacional aposentado, escritor e jornalista.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui