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Artigos-->197. UM GORDO INFELIZ — JOSÉ -- 05/05/2003 - 08:35 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Se você quiser emagrecer, eis receita inédita: feche os olhos e se imagine com vinte quilos a menos. Pronto! Eis a nossa receita fabulosa.



Quer outra? Então, lá vai: pense nos espíritos de etéreo e sinta-se um deles; você perderá todos os quilos de uma só vez.



Não se afaste de mim, por favor. Eu quis brincar, é verdade, mas sei que o momento é de seriedade. Então, vou fazer por merecer um pouco mais de atenção.



Se você me permitir, irei sair “de fininho”. Não me deixam. E se quiser forçar a barra? Está bem; irei de bom grado até onde puder ir. E se não conseguir chegar devido ao meu peso? Se vocês repararam, peso mais de duzentos e cinqüenta quilos. Por isso é que costumo fazer piadinhas sobre peso.



De repente, estou sentindo-me bem leve. Quem fez isso? Que bom! Acho que entendi o que me disseram.



Na verdade, o que eu fazia era incentivar as pessoas a comerem. Não há nada mais fácil: basta que haja comida. Não havendo, a gente inventa. Já consegui dar muita risada, pois os gordos são bonachões. Não levei ninguém à sepultura. Bem, se alguém morreu, não foi por culpa minha: tem muita gente que não come quando a gente manda. Quem come sabe os riscos. No fundo, no fundo, o objetivo é o de praticar ato maldoso.



Não quero mais falar sobre isso. Se vocês quiserem, acompanho vocês. Não pretendo fugir, não. Se não for muito ruim, vou ficar quietinho. Está bem, estou concordando, mas estou levantando suspeitas? Então, o que devo fazer? Mudar minha atitude e passar a agir sério? Como sério? Só vejo aqui magricelas empedernidos. Vocês acham que não podem comigo?! Pois bem, vou facilitar as coisas: vocês me deixam partir e eu prometo... Não aceitam condições? Então, vou ficar aqui indefinidamente...









COMENTÁRIO — HERMÍNIO



José manda agradecer a prece dita em seu nome e avisa que está isento de más intenções. Este aviso é especial para o médium, que acompanhou todo o transcorrer da vibração do sofredor e percebeu que não tinha nenhuma vontade de permanecer com a equipe socorrista. É interessante anotar o fato de que, no pai-nosso, José costumava omitir a parte em que se faz referência à alimentação (“o pão nosso”), uma vez que lhe foi muito fácil obter o pão; o difícil era prescindir dele.



Evidentemente, é preciso esclarecer vários pontos para bem se entender a “mensagem” do nosso gordo José, que foi realmente um glutão e assim se alardeava. No entanto, no fundo da consciência, jazia idéia do desconforto e de revolta por não ser como os outros, tendo adquirido volume bem acima do normal. Essa sua duplicidade, não revelada para o mundo exterior, fundamentava-se em equilíbrio cujas causas só a perquirição da formação consciencial poderia revelar. Mais tarde, iremos tentar deslindar o caso do amigo e, se for útil para o nosso trabalho, voltaremos para dar as explicações cabíveis.



Entretanto, “a priori”, podemos adiantar que se tratava de espírito muito renitente no mal, que estava cansado de percorrer as mentes das pessoas, obrigando-as (segundo sua expressão) a comerem sempre um pouco mais. É tarefa muito fácil de realizar, mas que também cansa, uma vez que não se obtém prazer algum em ver os outros comerem, sem poder absorver o alimento. De início, conseguia satisfazer a gula, mas a repetição do fato com tamanha freqüência tornou-o enjoado, ainda mais porque os aspectos morais envolvidos estavam despertando-lhe a consciência para os problemas que lhe implementaram a atitude nos dois planos.



Essa atitude de rebeldia contra o ato da maldade desgostou o grupo que o acompanhava e, tendo sido surpreendido sozinho, foi-nos possível encaminhá-lo para o despertar doutrinal. Neste aspecto, foi de muita valia a corajosa participação do médium, que, sabiamente, conduziu a apreciação no sentido de fazer valerem os princípios evangélicos de causa e efeito morais, levando-o a considerações de que, se agia de certo modo, era porque detinha em si mecanismos adquiridos por força de atos de perversidade que desconhecia. Essa intervenção foi fundamental neste caso, sendo que a primeira observação do médium foi preciosa no sentido de considerar a figura de José como de “inteligente”, o que na realidade é, tanto que pôde perceber os sintomas da maldade no fundo da consciência.



Preocupa-nos o fato de termos feito referência ao trabalho do médium, no sentido de esclarecer o leitor como deverá agir em casos semelhantes: com muita calma, ponderação e fundamentado nas leis universais, sem descurar de rogar luzes aos protetores, para que o pensamento seja dirigido para as verdadeiras causas que afligem o desconsolado sofredor.



Foi também útil a prece final, que revelou o quanto de anuência verdadeira havíamos obtido do irmão, para podermos introduzi-lo em uma de nossas instituições de regeneração.



Por todo este empenho, queremos agradecer ao instrumento e agraciá-lo com palavras elogiosas que, embora recusadas, ficam subjacentes no incentivo ao trabalho sem esmorecimento, conforme vem há algum tempo realizando. Saiba que muito espera por você. Fique com Deus, na companhia dos familiares.



197. UM GORDO INFELIZ — JOSÉ



Se você quiser emagrecer, eis receita inédita: feche os olhos e se imagine com vinte quilos a menos. Pronto! Eis a nossa receita fabulosa.



Quer outra? Então, lá vai: pense nos espíritos de etéreo e sinta-se um deles; você perderá todos os quilos de uma só vez.



Não se afaste de mim, por favor. Eu quis brincar, é verdade, mas sei que o momento é de seriedade. Então, vou fazer por merecer um pouco mais de atenção.



Se você me permitir, irei sair “de fininho”. Não me deixam. E se quiser forçar a barra? Está bem; irei de bom grado até onde puder ir. E se não conseguir chegar devido ao meu peso? Se vocês repararam, peso mais de duzentos e cinqüenta quilos. Por isso é que costumo fazer piadinhas sobre peso.



De repente, estou sentindo-me bem leve. Quem fez isso? Que bom! Acho que entendi o que me disseram.



Na verdade, o que eu fazia era incentivar as pessoas a comerem. Não há nada mais fácil: basta que haja comida. Não havendo, a gente inventa. Já consegui dar muita risada, pois os gordos são bonachões. Não levei ninguém à sepultura. Bem, se alguém morreu, não foi por culpa minha: tem muita gente que não come quando a gente manda. Quem come sabe os riscos. No fundo, no fundo, o objetivo é o de praticar ato maldoso.



Não quero mais falar sobre isso. Se vocês quiserem, acompanho vocês. Não pretendo fugir, não. Se não for muito ruim, vou ficar quietinho. Está bem, estou concordando, mas estou levantando suspeitas? Então, o que devo fazer? Mudar minha atitude e passar a agir sério? Como sério? Só vejo aqui magricelas empedernidos. Vocês acham que não podem comigo?! Pois bem, vou facilitar as coisas: vocês me deixam partir e eu prometo... Não aceitam condições? Então, vou ficar aqui indefinidamente...









COMENTÁRIO — HERMÍNIO



José manda agradecer a prece dita em seu nome e avisa que está isento de más intenções. Este aviso é especial para o médium, que acompanhou todo o transcorrer da vibração do sofredor e percebeu que não tinha nenhuma vontade de permanecer com a equipe socorrista. É interessante anotar o fato de que, no pai-nosso, José costumava omitir a parte em que se faz referência à alimentação (“o pão nosso”), uma vez que lhe foi muito fácil obter o pão; o difícil era prescindir dele.



Evidentemente, é preciso esclarecer vários pontos para bem se entender a “mensagem” do nosso gordo José, que foi realmente um glutão e assim se alardeava. No entanto, no fundo da consciência, jazia idéia do desconforto e de revolta por não ser como os outros, tendo adquirido volume bem acima do normal. Essa sua duplicidade, não revelada para o mundo exterior, fundamentava-se em equilíbrio cujas causas só a perquirição da formação consciencial poderia revelar. Mais tarde, iremos tentar deslindar o caso do amigo e, se for útil para o nosso trabalho, voltaremos para dar as explicações cabíveis.



Entretanto, “a priori”, podemos adiantar que se tratava de espírito muito renitente no mal, que estava cansado de percorrer as mentes das pessoas, obrigando-as (segundo sua expressão) a comerem sempre um pouco mais. É tarefa muito fácil de realizar, mas que também cansa, uma vez que não se obtém prazer algum em ver os outros comerem, sem poder absorver o alimento. De início, conseguia satisfazer a gula, mas a repetição do fato com tamanha freqüência tornou-o enjoado, ainda mais porque os aspectos morais envolvidos estavam despertando-lhe a consciência para os problemas que lhe implementaram a atitude nos dois planos.



Essa atitude de rebeldia contra o ato da maldade desgostou o grupo que o acompanhava e, tendo sido surpreendido sozinho, foi-nos possível encaminhá-lo para o despertar doutrinal. Neste aspecto, foi de muita valia a corajosa participação do médium, que, sabiamente, conduziu a apreciação no sentido de fazer valerem os princípios evangélicos de causa e efeito morais, levando-o a considerações de que, se agia de certo modo, era porque detinha em si mecanismos adquiridos por força de atos de perversidade que desconhecia. Essa intervenção foi fundamental neste caso, sendo que a primeira observação do médium foi preciosa no sentido de considerar a figura de José como de “inteligente”, o que na realidade é, tanto que pôde perceber os sintomas da maldade no fundo da consciência.



Preocupa-nos o fato de termos feito referência ao trabalho do médium, no sentido de esclarecer o leitor como deverá agir em casos semelhantes: com muita calma, ponderação e fundamentado nas leis universais, sem descurar de rogar luzes aos protetores, para que o pensamento seja dirigido para as verdadeiras causas que afligem o desconsolado sofredor.



Foi também útil a prece final, que revelou o quanto de anuência verdadeira havíamos obtido do irmão, para podermos introduzi-lo em uma de nossas instituições de regeneração.



Por todo este empenho, queremos agradecer ao instrumento e agraciá-lo com palavras elogiosas que, embora recusadas, ficam subjacentes no incentivo ao trabalho sem esmorecimento, conforme vem há algum tempo realizando. Saiba que muito espera por você. Fique com Deus, na companhia dos familiares.



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