Tem fase na vida que deixa a gente em estado de indefinição. É assim que a gente aceita tudo, não briga e nem corre atrás de coisíssima alguma. Tudo está nos conforme e, se não estiver não importa.
Vinha pensando em encerrar aqui quando atinjisse o número 100. Mas, pensando bem, aqui até que é um canal por onde se pode escoar um monte de resultados oriundos dos sucessos, das frustrações, dos desejos contidos e incontidos.
Todos nós humanos somos um enigma que insistimos em nos decifrar. Em vão. Ninguém se conhece porque já viemos feitos para realizar uma linha indefinida de ações e produtos.
Besteira pura se querer atribuir tal efeito a essa ou aquela causa. Somos marionetes do grande dono do espetáculo universal, que já tem, para cada um de nós, previstas todas as alternativas a se seguir pelo livre arbítrio.
O corpo fenece por que é matéria e a alma, a energia inteligente que move corpos haverá de gastar tantas matérias durante a eternidade .
Em cada um de nós há uma história e um papel definido a desempenhar em todos os mundos. Em cada um de nós mora a dependência de se suportar em outra energia e isso afaz lembrar que energia não tem sexo; só a matéria tem.
A própria vida ensina, mostrando tantas coisas e nem sempre nos apercebemos desses ensinamentos, porque estamos voltados para a idéia fixa de que nos conhecemos e que conhecemos o próximo.
Imagino que a sensação de bem ou de mal estar nos arremeta a essa idéia de que possamos ser algo mais além de nós.
------------------------------------------------
MENDIGNO - 11/03/05