Loucos Devaneios
Que em segredo
Busco sua boca carnuda
Sedenta de prazer.
Prisioneiros dos desejos
Confessamos os nossos crimes
Entre quatro paredes
Em camas de bordéis...
Em nossa alcova
A testemunha é a luz do abajur
Que, na penumbra vislumbra
Nossos corpos suados
Em movimentos de copulação.
Quando adentro sua boca
Com a língua sedenta
Nossas salivas viram ondas do mar
Que no vai e vem nervoso
Do entra e sai de línguas
Os líquidos viscosos salivais anunciam
Que o prazer mora no andar abaixo.
Então, nossas mãos tocam os sexos
Sem medo de sermos vistos
Pois nesses momentos de loucura
Só importa o nosso prazer.
Crime confesso do desejo perverso
Que entre quatro paredes
A testemunha é a luz do abajur.