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Artigos-->195. CONFUSA SITUAÇÃO — NÃO IDENTIFICADO -- 03/05/2003 - 07:23 (wladimir olivier) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


De alguma forma, estamos retornando para as peripécias finais. Não sabemos quais as conseqüências advindas de nosso cometimento, mas buscaremos informações seguras, precisas, junto a algum grupo que tenha mantido contacto com o etéreo e esteja há muito tempo distante de nosso meio, como se em missão junto a outros planetas. Inevitavelmente, teremos de contornar problemas de fala em nosso contacto com estrangeiros, pois é difícil o entendimento direto.



Sentimos muito o que ocorreu, pois acreditávamos que estivéssemos alimentando sede de glórias e, quando não, imaginávamos estar identificando caso de megalomania. Eis que, contudo, deparamos com alguém muito diminuído em seu orgulho, não mais afeito a grandes cometimentos, recolhido em seu modesto tugúrio, engolfado até à raiz dos cabelos no trabalho.



Isto para nós foi novidade, pois nos acostumáramos a ter com o superdotado contacto íntimo mas grandioso. Sabemos que estamos impedidos de revelar a natureza do relacionamento, mas afigura-se-nos que outrora tínhamos o acesso cármico mais fácil e mais proveitoso. Agora é esta palhaçada de ficar atento a este vocábulo, àquela idéia. Não estamos entendendo nada.



Quando partimos, sabíamos que iríamos encontrar tudo alterado em nossa volta, mas não tanto. Estranhamos, sobretudo, a atitude de repúdio às brincadeiras de caráter sexual, que eram as prediletas de todos nós. Agora temos de nos conformar com o desarvorado sistema universitário voltado para carregar consigo mesmo falcatrua irrespondível. Este bestialógico, só entende quem for iniciado em nossos artifícios.



Quem está cansado sou eu. Eu já me identifiquei na entrada. Não mais tenho de ficar aqui fornecendo dados sobre minha pessoa. Não quero ficar mais, pois tenho muito que fazer...









COMENTÁRIO — MARCELO



O irmãozinho acreditava estar retornando de viagem. Evidentemente estava, pois é recém-desencarnado, tendo chegado há poucas horas. Estranhou o fato de estar perdido em mundo totalmente desconhecido, embora lampejos de memória lhe recordassem que aqui estivera antes. Estranhou, sobremodo, o fato de se encontrar escrevendo em português, quando, na realidade, sua fluência se dava em castelhano, língua nativa de toda a família e, por isso, não entendeu nada mesmo.



Sabemos que é situação realmente estranhável, sobretudo por se tratar de transporte muito difícil de ocorrer. O que se passou, na realidade, foi que desafeto seu o enganou e pôs-se a locomover-se em direção ao Brasil, subindo da Argentina. Como nunca estivera por estas paragens, viu-se perdido.



Pior aconteceu quando foi trazido para a escrita, uma vez que não conseguiu sequer externar uma única palavra dado o estado cataplético em que jazia. A transmissão se deu, então, através das vibrações mais sutis do pensamento e foram captadas por um dos membros do grupo, que as traduziu mal e mal para o médium.



Desse bruxuleio, extraímos diretriz para nossa atuação, de modo que conseguimos, afinal, roteiro para informá-lo dos eventos que o cercavam. Muito haverá de ser feito até que venha a conhecer o seu estágio atual. O que lhe providenciamos foi retorno ao ponto primitivo para restabelecer os vínculos imediatos da personalidade com o mundo conhecido. Este elemento é importante no despertar da letargia do sono da passagem para este plano, pois a identificação se dá precisa.



Quanto ao problema da megalomania, da grandeza espiritual impropriamente considerada, o pobre irmão confundiu-se todo, pois pensava estar em presença daquela entidade a que nos referimos na qualidade de “desafeto”. Evidentemente, o caso ficará totalmente indefinido, pois ignoramos qualquer particularidade que possa oferecer interesse no deslindamento da situação. De qualquer forma, foi caso diferente dos habituais e esperamos ter alertado o leitor para situações semelhantes, quando se deparar trabalhando junto a alguma equipe socorrista.







Vamos suspender os trabalhos, informando o escrevente de que a entidade perturbadora foi devidamente encaminhada para recomposição da mente perispiritual. No entanto, não pense que se tenha livrado definitivamente dos espíritos sofredores. O que costuma acontecer com os médiuns é que, tendo em vista seu hábito de captar as mensagens e vibrações do etéreo, estão sempre atraindo entidades interessadas em manifestar-se, o que não ocorre com a freqüência desejada por elas. Isto as frustra e as torna, de certa forma, perigosas para o médium, que deve estar devidamente preparado para solicitar o auxílio dos amigos da espiritualidade, através das costumeiras preces e concentração mental. Se o coração estiver limpo de más intenções, fica fácil precaver-se de tais arremetidas. Por isso é que insistimos em que tudo o que se faça esteja marcado pelo dístico de Jesus: “Orai e vigiai”.



Graças a Deus, mais um dia profícuo de trabalho está encerrando-se em sua parte psicográfica. Vamos a outras tarefas, nós na assistência aos enfermos morais que capengam em torno dos lares onde não impera a boa ordem conseguida através do comportamento evangélico, e você, em sua casa, buscando, no refúgio doméstico, prosseguir empenhadamente com os quefazeres de todo dia. Portanto, vamos saudá-lo, amigão, nesta despedida, augurando-lhe tarefas de muito êxito. Rezemos o pai-nosso, durante o qual iremos fluidificar a água, após o que teremos por completada a missão.



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