Provavelmente Pernambuco seria a maior força do futebol brasileiro do Norte/Nordeste, se os cartolas da época tivessem construído o Estádio Estadual de Pernambuco (ou que outro nome tivesse, como Venezão ou Moreirão, em homenagem ao saudoso presidente da Federação Pernambucana de Futebol-FPF, Rubem Moreira ou outro merecedor da honraria.
Porque, um estádio que não fosse propriedade de nenhum clube, seria um campo neutro para os grandes clássicos e partidas internacionais, inclusive da Seleção Brasileira, sem beneficiar nenhum filiado da FPF: assim como o Geraldão - um dos mais belos ginásios para a prática de esportes amadores, no Brasil, mormente basquete e volibol, com cada clube tendo sua própria quadra.Além de um grande estádio ser fonte de emprego para dezenas(ou até centenas) de pessoas.
Soube que o engenheiro Murilo Paraíso, entusiasta da idéia e que seria o encarregado de comandar a construção do estádio, chegou a ter a verba à sua disposição, nesta Capital.
Porém, os três grandes clubes recifenses - Sport, Santa Cruz e Náutico - se colocaram contra e o projeto fracassou.
Enquanto isso, Alagoas construiu o Trapichão;a Paraíba, o Amigão, em Campina Grande; e o Almeidão, em João Pessoa(para ficar só nos estados vizinhos)...
O certo é que o Recife, com um estádio tipo Mineirão(nem digo Maracanã!), atrairia muito mais público do interior pernambucano e dos estados vizinhos.
Neste assunto, Pernambuco "perdeu o bonde da história", e, inclusive, hoje sofre a humilhação de ver seus tês melhores clubes na Segunda Divisão, o que, com certeza, não aconteceria se tivesse construído um grande estádio, que se constituiria em maior fonte de renda, proporcionando a manutenção, pelo menos, de parte dos seus melhores atletas e sendo atração maior para valores que despontam em outros centros.
Foi uma pena! |