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Asas
de cristal, vôa
meu cristinho, segue
assim o rio, ganha
o céu bem de
mansinho.
Soube
preservar,
coração limpinho,
já vai compensar
o que sofreu, tão
cansadinha.
Pássaros
e paz, desenhando
o rumo, não lhe exige
força, o vôo é calmo,
e tranqüilinho.
Já não
há castigo para
a pele fina, olha longe
a cama, em que deitava,
tão magrinha.
Cristo-
Cristininha,
voando sem dor,
de tanta saudade,
parte minha
anuviou...
Rio, 31 de agosto de 2001
( falecimento da D. Cristina )
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