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Cronicas-->Vergonha viva -- 04/04/2009 - 18:36 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Vergonha viva


Eu tenho crido que há uma certa catalepsia moral por parte de inúmeras autoridades constituídas no país como um todo, talvez para não crer que seja mesmo a falta irreversível dela, nelas. Em todos os poderes maiores constituídos, temos sabido, através das mídias e de conversas tête-à-tête com amigos mais íntimos, que estão sendo produzidos frutos inesperados e inentendíveis. Os que são pagos pelo erário para nos garantir a liberdade têm esquecido desse dever e prendido inocentes, soltado bandidos.
Os homens de bem têm sido reféns de maus profissionais da lei que, por qualquer vintém, prostrados com pouca decência nas portas dos fóruns do país afora, aceitam defender, com ànimo, o que é indefensável ao olhar dos mais éticos e humanos mortais. Não sei que sistema é esse que desgoverna quando é carecido dele uma postura limpa e proba.
Tenho visto máquinas legais, apesar de imorais, envolvendo, do bar da esquina aos tribunais, onde vivem na permissividade doentia, o que nem para existir seria lícito pensar. O dinheiro tem tanto enlutado famílias, quanto posto nas ruas bandidos travessos e perigosos.
A tradição foi ensombrada pela ordem do dia da modernidade e trocada por valores outros que podem ou comprar ou serem vendidos. A ordem ficou na dependência das parcialidades de interesses. A família está exposta aos escàndalos poderosos da NET e dos ensinamentos cotidiànicos dos Shopping Centers e das ruas cheias de gente, nas médias e grandes cidades.
Assanhamos as civilizações e convidamos homens para alimentar seus menos óbvios desejos. A modernidade tem se ocupado apenas em fomentar os sentimentos gozosos do ser humano. O que ontem era lícito hoje é cafona e vergonhoso. O ser humano parece ter entendido que prostituir-se é mais doce do que viver com dignidade. E nós nos escandalizamos quando presenciamos as cenas selvagens de pedofilia e nos esquecemos de que tanto a criança inocente quanto o adulto desencontrado são os frutos inóspitos dos séculos atuais onde o prazer foi entronado e a ética jogada fora.
Em qualquer civilização que se preze, as informações mostradas e trazidas até nós, dentro do nosso seio familiar, seriam proibidas. Ao meio-dia nossos filhos e nossos netos vêem o homem matar, fazer sexo e roubar. De tantos crimes que são mostrados no horário nobre da televisão, creio eu, essas mostras tornam-se banais até ao entendimento infantil de nossas crianças, rarefeitas ainda doutros entendimentos e, portanto, vítimas mais vulneráveis dessa teia horrível que tanto tem crescido diante de nossas famílias.
Quando eu vejo Sua Santidade, o Papa Bento XVI, condenar o uso da camisinha, entendo que, se houvesse mais responsabilidade social e humanismo entre os habitantes deste sofrido planeta, não haveria adultério, tampouco doenças venéreas e, com isso, o sexo seria seguro e mais próprio e próximo do homem. Sua Santidade não exagera quando torna público essa opinião eclesial. E como o mundo perdeu o rumo de quase tudo, há os que gritam e nada ouvem até de sua própria voz.
A paz não exige tradução; ela se fala com gestos humanos. A vida não necessita dos diálogos da morte. A natureza é o nosso ninho e, se não nos resolvermos agora, o amanhã será a página passada de um tempo onde havia seres humanos habitando este planeta belo. Continuo crendo que o dinheiro, sua posse doentia e o excesso de desejos carnais sejam os fatores que têm levado as civilizações ao embate apocalíptico da existência humana. Se somos lobos de nós mesmos, nem mesmo os lobos sobrarão e nossa história será finita se acaso não nos socorrermos uns aos outros e, daí, o nosso ainda azul planetinha água.

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