Dentro do trovão, ele que irrompeu
Desejo de dois poetas morava
Abriram-se espaços para a lava
Que a distância, ah, não esmoreceu
As pedras que tocavam o vitral
Eram a musa descendo, aos poucos
O poeta se projetando - roucos
Eram a canção do amor sem igual
Pelas pernas, dos seus peixes, deixavam
Saudades e sonhos desacordados
Nuvens, Lua amarela, desnudavam
Troncos fincados, paixão, braços dados
Pois eles, que futuro, embalavam
E tantos improváveis desatavam...
Para minha musa eterna, Irene |