A ignorância emergiu da supremacia...
Dentro de uma cadeia promocional
Vejo o sistema um ergástulo de antenas
Daí a percepção de que nada se foi...
Apenas transgredimos nossos próprios eus
Para alimenta-los de doces...
Doces palavras dos papas da mídia...
O que fazer?
Nosso homem do campo vida de faquir
Nossa força de frente desvalorizada
Violada nossa fé
O que fazer?
Voto nosso obrigado
Pagamento de um futuro "videnciado"
Desventurado nosso coração
Cadê o meu chão
Cadê o meu chão?
O que fazer?
Nossa voz “cirurgiada”
Desencorajada nossa juventude
Em fuga desesperada
O que fazer?
Nossa liberdade aprisionada
Equivocada sabedoria nossa
Nesta filosofia asfixiada
O que fazer?
Nosso mundo apodíctico
Escravo do sistema
Que desliga nossa antena
Cadê o meu chão...
Cadê o meu chão?
O que fazer?
Nossas vidas ceifadas
Violentada nossa paz
Desencantada gente nossa
O que fazer?
Nosso horizonte desaparecendo
Nosso crepúsculo magenta
Nossa essência se esvaindo
O que fazer?
Nosso vermelho corrompido
Nosso azul em buracos enegrecidos
Nosso verde extinto