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Cartas-->Carta à Norma -- 17/01/2000 - 23:09 (Vânia Moreira Diniz) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




Querida Norma


Onde estás que não a vejo? não sei se você se lembra mas foi assim que evoquei meu irmão Cláudio quando ele tão prematuramente se foi.
Como sinto sua falta, querida amiga. Seu rosto aparece-me muitas vezes ao dia, com aquela expressão interessada e carinhosa que eu conheci desde a minha infância. Recordo- me então o passado quando eu era tão pequena e você uma jovem que começou a me dar amor no momento em que nos conhecemos. Vejo- a na porta de minha casa acompanhada do Henrique, com uma longa trança negra e nos lábios um sorriso meigo dirigido a mim.
você esteve presente em todos o momentos alegres e tristes da minha vida, sempre disposta a compreender, a amar, a aconselhar com doçura inigualável o meu caminho.
Não, Nunca, nunca vou esquecê-la! E como poderia se você foi um dos poucos traços de doçura a suavizar-me a infância e adolescência conturbada?
Você está aqui comigo, nas coisas que aprendi, na orientação que me deu, no consolo sempre tão terno que me transmitia iluminando momentos em que me julgava sozinha.
Norma querida, minha paciente professora primária, minha amiga de todas as horas, minha companheira certa nos momentos tristes, minha compartilhadora dos acontecimentos infelizes.
Onde está você? Onde estás que não a vejo?
Nunca vou esquecer dos nossos passeios, o cineminha à tarde acompanhado do lanche na Colombo, eu muito pequena, você muito jovem. Depois, o seu casamento com o Henrique, as nossas conversas, você sempre procurando transmitir uma linguagem acessível à minha idade, informar- me sobre minhas dúvidas. Depois eu já mocinha e você também a meu lado, carinhosamente, quando esperava seus filhos e depois quando eles nasceram, mas sem nunca esquecer aquela menina que acompanhou e mimou.
No meu casamento, a primeira a esperar -me na porta da igreja com emoção preocupada mais com o meu bem-estar do que com qualquer festa. E quando eu esperei minhas filhas, uma logo depois da outra, a minha amiga estava sempre e incansavelmente presente.
Mas agora? Onde estás que não a vejo?
Não, não vejo presente aqui mas sim e muito nos olhos da minha memória, o rosto meigo, os olhos negros, a olhar- me, sempre com o amor.
Você estará sempre aqui, no meu coração, na minha memória, nos anos passados mas vividos da minha infância, em cada instante da minha vida, em cada segundo de toda a minha existência.
Queria ver-lhe agora sentada perto de mim como aconteceu tantas incontáveis vezes e poder segurar suas mãos fortes e expressivas nas minhas e dizer-lhe emocionada:
Eu a amo, sempre amei e você sabe disso, pois foi a minha segunda e inigualável mãe. Obrigado! Obrigado por tudo.
Mas onde, meu Deus, onde estás que não a vejo?
com amor
Vânia

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