Chega a sereia, cabelos molhados
Olhos fitos, chamas noturnas, gêmeas
Abrigada no amor, de Lua tênue
Dados em seus braços, entrelaçados
Empinados e tão ruborizados
Cúpulas de paixão, que pedem, gemem
Navios ancorados, tanto tremem
Sobraçados pelo vento, alvejados
Pelo amor que mora no mar, marcados
No ferro e fogo da paixão, que remem
Nas mãos e dedos tão seus, cativados
Todos cores, conchas, peixes os vêem
Nadando até o fundo, enamorados
Velas abertas, do amor, à mercê
(uma poesia de amor para meu amor, sereia Irene!) |