Lê aqui, ó Amiguinha, a minha vingança circulante, vai ser maravilhosamente terrível. Tu sabes que as coisas horríveis maravilham?
É, as coisas horríveis maravilham...
Vou escrever o argumento para o fantástico filme do próximo "copolíssimo" que apareça. Desta feita, a cena decorrerá em plena época medieval acrescida de automóveis. Título: "O Emparedado".
Sim, o artista é emparedado no interior de um refinadíssimo bloco de cimento hodierno e terá ao dispor toda a espécie de ferramentas cortantes e perfurantes, bem como, recipientes e outros utensílios.
Já viste, já imaginaste, Milinha, ao cabo de cinco dias, o tipo tomar cuidadosamente um bisturi e cortar um dedo muito devagarinho para comer e extrair de uma veia meio-copo de sangue para matar a sede?...
Ah... Ah... Ah... E decerto estás já a conceber, Milinha, as cenas que acontecerão nos dias sequentes. Horrível...
Horrível?... Um filme assim, com esplêndidas cenas de masturbação pelo meio, além de instruir sobre a técnica de "como se vive sozinho", seria sem dúvida um espectacular negócio...
Tadeu, eu, amiguinho teu, um pouco judeu e infantilmente divertido com as coisinhas de lineu.
Toma lá uma rima, "céu", com acento agudo, que significa bom tempo sem nuvens e muito azul.
Prometo: "Do Emparedado", vou mandar um dedo mínimo congelado para a Bia, com picante...
Direitos de autor rigorosamente reservados.
Tadeu
PS = Sabes como o filme termina? Quando o gajo estiver em extrema agonia, abre-se-lhe a porta do bloco e entra um indivíduo disfarçado a representar Deus - tanto aparece como desaparece - para o salvar. Pois, a partir daí, pelo menos aquele, acredita que Deus existe. Os gajos que deram 10 euros para ver a sessão irão exclamar à saída: " - Ena pá, que grande filme!". |