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cronicas-->Miúdos do dia-a-dia -- 22/03/2009 - 11:47 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Miúdos do dia-a-dia



Conversa de bar, falácia das ruas, discurso infrutífero. Não caiu muito bem para a nação brasileira o passeio além de carnavalesco que a primeira dama, Dona Marisa, deu na pista alegre da Marquês de Sapucaí. Além disso, ver o Presidente Lula distribuindo camisinhas do camarote para os foliões da pista, ao meu ver, gesto venial porém dispensável ao mandatário da República. Mas como no Brasil tudo dá em samba e no carnaval quase tudo é tolerável, faz de conta que vi e minhas retinas não quiseram guardar as imagens na memória. Quem sabe no outro carnaval eles se comportem diferentemente?
A gente tem sabido de coisas impensáveis. Crianças morrem por falta de pediatras, hospitais com lotações cheias, prontos-socorros sucateados e cheios de seres humanos nos corredores. Bandidos fardados de policiais roubando ao meio-dia em ponto nas blitzes que delas nunca tiveram nada.
Se nós adentrarmos nas raízes dos erros que nos incomodam hoje, iremos achar facilidades para entender tudo. A qualidade dos nossos policiais é, em regra geral, miúda demais. Homens incultos, agressivos, mal pagos e que enxergam na própria farda uma máscara de fortidão excessiva como se com ela se tornassem super-homens. A safra nova de policiais já começa a se distanciar da outra para nossa maior esperança. Ao menos temos a certeza de que há mudanças em andamento e fortes. O perigo é que os comandos ainda são da primeira safra e que comandam apesar de tudo!
Sonho habitar um Brasil em pleno Estado de Direito, onde não haja negociações de sentenças, onde a imparcialidade realmente deixe a justiça cega, enxergando em todos o mesmo peso e a mesma medida.
O bandido, livre e impune, anda, rouba, mata, às vezes é preso, quase sempre não cumpre a pena que merece e a própria justiça vê-se algemada nas brechas da legislação vigente. E o pior de tudo é a gente ver um advogado brilhante tentando induzir a um corpo de jurados que o bandido socialmente reconhecido como tal, que ele está defendendo, é um homem de bem e injustiçado. A democracia ainda é o menos troncho dos regimes políticos que conhecemos. Talvez, quando o socialismo adequar-se às mazelas do século XXI, a humanidade possa acreditar mais nele e dele retirar suas mais nutríveis características. Esperarei por esse dia!
Gastamos o que não temos no Reveillon, em seguida vamos oa êxtase no carnaval, sentimos o tombo nos excessos cometidos e já ficamos pensando no Natal novamente. Caminhamos por fugas e atalhos. Talvez estejamos sendo meio abutres, meio gente. O mundo que estamos construindo está virando um lixão e, o triste de tudo, é que, a curto prazo, o que dele esperamos é transformar-se em um aterro sanitário. Abutres à parte, carregamos na alma a essência da criação e o valor justo de termos sobrevivido até hoje. Passa da hora de sentarmos sob a admiração do luar, porém cónscios de que com o raiar de um dia novo teremos que enfrentar novas aventuras e tecer novas aprendizagens.
Ou o homem se reenxerga diante do mundo ou nem para abutre servirá mais. Há o tempo de sujar e o de limpar, não nos esquecendo de que os excessos sempre nos dão maiores trabalhos. De Reveillon a Reveillon há uma longa passarela e nossos passos devem ser comedidos, mas esperançosos. Eu ainda acredito no homem, por isso escrevi esta crónica. E você?
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