Ninguém pode fugir do último beijo
ou afirmar que sua boca é imune e inatingível.
Seu sabor é amargo
frio e infalível.
Não é fruto do acaso, tão menos, delírio cotidiano.
E por não discriminar lábios rico, pobre, branco, preto, culto ou inculto
a embriaguez do último beijo é uma porta entreaberta para o paraíso.
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