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cronicas-->Insolvências -- 13/03/2009 - 19:30 (paulino vergetti neto) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos




A humanidade está mergulhada numa tal insolvência de valores que, até de pensar, ficamos distante de um conserto. Coisas nem tão tangíveis são vistas e, embora uma parcela miúda de almas permaneça com o coração nos bons tempos idos, não podemos dizer que tudo se findou. O acúmulo de más notícias e a desvontade de fazer-se uma reconstrução do planeta são desencorajadores, mas não nos devem oferecer uma serventia apocalíptica.
Nestes dias atuais, abrir-se os jornais é ler-se demissões, falta de crédito fácil e as agonias do planeta diante do miserável efeito estufa. Só bombas!
As demissões na Vale do Rio Doce e na Embraer caíram como ducha gelada na moleira do governo Lula que, apesar do esforço para revertê-las, nada conseguiu. O mercado anda mesmo trancando portas e pondo sobre elas traves fortes de segurança. O jeito é o trabalhador continuar vendo o mundo através das janelas da esperança. A coisa está mesmo preta!
Há, sim, uma forte retração económica e, o que é pior, mesmo as fontes de trabalhos irrigadas há pouco com o dinheiro público barato estão demitindo. É o caso da Vale e da Embraer. Está claro que apelações ilógicas e buscas alheias ao mercado globalizado não servem. O mercado não há mais vivo na independência sectária do ontem. Hoje, ou se amolda ao mercado globalizado ou não se vai a lugar nenhum.
O tesouro chinês, abarrotado dos dólares do Ocidente, resolveu sair por aí comprando o que lhe interessa. Até parece que o gigante asiático está sendo mais generoso do que esperto. Suas compras estão sendo feitas na hora em que os produtos estão sendo cotados bem abaixo do preço real e, se o Ocidente não fatura, a China vende pouco e vice-versa. Se o comportamento sectário mudasse e cada um continuasse a comprar bem mais, a crise seria mais branda e findar-se-ia em muito menos tempo. Mas o que se vê é o funil salvífico apertando cada vez mais e as soluções diluídas em um pessimismo frustrante.
As bolsas recuam como nunca. A América, atolada numa crise sem precedentes, não possui mais a densa liderança do passado, enquanto permanece a financiar duas guerras fora do seu território e a empobrecer-se. Nunca o Sistema Financeiro Internacional necessitou tanto de uma reestruturação para com ela dificultar que novas crises possam afetar tanto o mercado como esta o fez. Até onde nos levará esta não se sabe. Sua fragmentação pode marolar novas outras crises e, por tabela, passarmos a viver um mundo novo da carência de normalidade.
Um mundo novo há que nos deixa insone. Parece que vivemos um susto inacabado, uma desesperança longeva ou um reaparelhamento de nossos passos económico-financeiros. O mercado está louco e os mercadantes indefesos. Até onde eu sei, é o que dá um passarinho casar-se com um peixe. Espécies diferentes não se cruzam. Mercado solitário não sobrevive; crédito fantasiado de fartura futura é máscara na face de um folião astuto: ou ele a usa e guarda-a para o ano seguinte ou atira-a no salão para ver o pisoteio dos outros foliões machucá-la e destruí-la.
A nova ordem mundial é substituir o crédito fácil e jogado às dádivas irresponsáveis por um outro enovecido, adensado e forte. Os governos estão obrigados a porem um olhar rígido sobre suas instituições bancárias e passarem a ver o mercado globalizado como um grande lobo que precisa ser nutrido e cuidado com responsabilidade e zelo. Ou se caminha por aí, ou esta crise virará paridora de outras tantas.
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