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Artigos-->O REAL E O IMAGINÁRIO -- 29/04/2003 - 22:54 (Francisco Miguel de Moura) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
O REAL E O IMAGINÁRIO



Francisco Miguel de Moura*



Para algumas pessoas, o real pouco importa. Entres essas pessoas estão o profeta, o santo, o escritor, Este leva o real até o princípio da obra, daí por diante tudo corre por conta da imaginação e do intelecto. A ficção foi criada para isto. Na verdade, realidade e ficção se misturam de tal forma que não é possível distingui-las nas artes.

Lembro-me, agora, de uma palestra que fiz no Museu do Piauí, no Dia da Poesia, homenageando Castro Alves e aos demais poetas. Passei os olhos pelo auditório e não vi nenhum, salvo os poetas William Melo Soares e Gregório de Morais, aquele por conta do ofício de ser funcionário da Fundação Cultural do Piauí (FUNDEC), e este, de minha geração.

De autoridades, salvo o Administrador substituto do Museu, na ausência de Dora Medeiros, a titular, que estava em Brasília acompanhando importante exposição de coisas do Piauí, portanto levando algumas peças do Museu a serem vistas na Capital Federal, vi também, justiça seja feita, o Prof. Paulo Nunes, Presidente do Conselho Estadual de Cultura, que ficou sentado ali à frente entre algumas pessoas, uma das quais meu colega bancário e contista, Benedito Costa de Oliveira. Com exceção das pessoas já mencionadas, o grosso da assistência era composto de estudantes do Liceu Piauiense.

Senti-me à vontade. Se me meto a fazer alguma coisa, faço-a quase sempre, mesmo tendo que romper barreiras e que precise de mais alguém. Sou humilde e peço ajuda. No caso de palestras, conferências, saraus e congêneres, pouco ligo se a assistência é composta de muitos ou de 3 ou quatro ouvintes. Desempenho a missão como se fosse para milhares, afinal de contas vem a uma solenidade quem quer, quem pode ou quem é obrigado pelo ofício.

Dita palestra, denominei-a de “Como Fazer Poesia”, talvez para chamar mais a atenção dos jovens poetas. Se o evento tivesse efetivamente sido divulgado pela mídia, talvez a assistência fosse maior. Acontecia numa sexta-feira, começando pelas 9 horas e meia da manhã, dia 14 de março.

Não se tratava apenas de uma palestra, conjuntamente havia uma exposição de poemas de poetas do mundo inteiro, escolhidos por uma comissão de poetas piauienses. No palco, de onde eu li minha oração, viam-se dois poemas: um de Castro Alves, outro meu. Fui informado de que essa exposição iria também para o espaço “Clube dos Diários”, o que não sei se aconteceu realmente.

Depois, no sábado, dia 15, na Academia Piauiense de Letras, me aparece um moço de União, cidade deste Estado, e me pede uma cópia da minha oração. Soube que foi boa e precisava tomar conhecimento do conteúdo. Prometi enviar-lhe cópia, pedi-lhe o endereço. Como promessa é dívida, para mim e para quem tem vergonha, de fato mandei-a pelo Correio.

Fico a pensar que os frutos da literatura são tardios mas certos. Ninguém sabe de onde vem o leitor, muito menos o que podemos dizer-lhe em nossos escritos, já que cada um interpretará a seu modo e deles tirará o proveito que busca. Os frutos de que falo são a leitura, a meditação sobre o que escrevemos e o que pensamos.

Foi assim que, com um único leitor, fiquei recompensado do que de imediato parecia ser uma frustração. Mais do que ter aparecido em entrevista na tevê, a falar do evento que então se realizava.

Se vou publicar a palestra em algum lugar, ou repeti-la, não sei ainda. Seriam bons lugares a UBE, a Academia, por exemplo. Publicação na revista “Presença” ou em “Cadernos de Teresina”. Espero as solicitações.

De qualquer forma, já está disponível na “Internete”, “saite” www.usinadeletras.com. br, mantido pelo Sindicato dos Escritores do Distrito Federal – Brasília, onde a coloquei no dia 3 de março de 2003, à véspera de pronunciá-la, e, segundo os registros, já consultaram-na (provavelmente leram) 68 “internautas” – uma boa estatística para o tão pouco tempo de exposição.

Concluindo, meus leitores são reais ou imaginários? Minha palestra foi real ou é apenas uma fantasia minha? Ademais, escreve-se para o futuro. Quem trabalha apenas para o presente, já está recompensado. A eternidade está no futuro.

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