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cronicas-->1968 - Tragos -- 14/02/2009 - 15:43 (Jairo de A. Costa Jr.) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Um dia desses, dei uma bitóca na caipirinha do Alexandre, lá no Varanda Grill, mais uns goles de chope Stela Artois e outra bitoquinha... Não é que senti um frenesi, justo agora que meu limite é zero-nada de álcool, assim disse o Doutor Antonio Carlos - meu, só um chopinho e, talvez, meio copinho de vinho, pois é...
Hoje, ouvindo Billy Preston e várias versões de Frenesi, comecei a lembrar de alguns bons tragos de minha vida, poucos, mas, marcantes. Estava deitado de costas, olhando o céu meio enviesado, naquela calçada da Nhá Marica, acho que em sessenta e oito, depois de vários copos americanos de cerveja do aniversário de alguém, da casa do Toninho Devoto. Não foi fácil sair daquela, teve até banho de chuveiro meio frio e as ànsias de praxe, curti sozinho, minha mãe viu bem depois, nem por isso deixou de bronquear. Tenho comigo, essa ser a primeira.
Saí acelerado do John Sehn, esquina da Lavandisca em Moema, credo, desci a Bandeirantes, entrei na Marginal Pinheiros, numa zoada só, na Avenida Anastácio, meia-noite, pimba, tuc. Parei, um senhorzinho desceu do corcelzinho - quéisso, meu rapaz, quéisso... óia aí, o amassado, quebrou a lanterna. O senhor me desculpe, tome esses quinhentos... Até logo, saí olhando pelo espelho, ele até sorriu.
Forte mesmo, foi lá em Londrina, primeira viagem de avião, visita na empresa de fundição, um teretetê só, sábado qualquer de setenta e sete, o Moacyr e o Gusmão de anfitriões, começou no almoço, carnes e bebidas, mais tarde um tira-gosto num alambique e chegou a noite, banho e roupa limpa no hotel, vamos jantar, sempre no melhor e de novo..., mais tarde, uma passadinha numas amizades do Gusmão, aí não deu mais, o forte mesmo chegou, não sei como acordei no dia seguinte.
Um ano de casado, comprei umas costelas pro Naile assar, ele veio, eu contentinho e tudo, afinal, bodas de quê mesmo, um ano, vá... tinha mais coisas entre caipirinhas e cervejas. Umas onze da noite, subi de quatro as escadas pra dar o tchau, eles foram embora, eu desci torto, pouco lembro, sei que a Edna se lembra de tudo e, de vez em quando, me joga.
A Dona Maria caprichando no almoço de primeiro de ano, em setenta e três, primeira vez também que eu almoçava com eles. O garrafão de vinho na mesa, era tinto, o copo sempre cheio, claro que o seu José estava me aprontando. Entrei e muito tonto fiquei. Muito mesmo, ninguém mais esqueceu.
Minha primeira festa de fim-de-ano de empresa e prova de eletrotécnica na Fatec, numa sexta e as duas não se acertaram. Saí do almoxarifado e fui para compras, quanta comida e bebidinhas, aquele pessoal sabia comemorar, eu não. Bem, eu era jovenzinho e do interior, fiquei fascinado. Vinho e champanhe, mais whisky, deu no que deu. Lá pelas oito, tomei o Casa Verde, fui em pé no chacoalhar do trànsito, consegui chegar à escola, mas não na prova, fiquei pelo banheiro mesmo. Curti até bem tarde.
Não gosto mais de hortelã, o chá é gostoso, não passo nem perto. Somado com Stenheiger fica uma caipirinha bonita, aprendi no Frangó e ensinei o Cláudio, sendo sua primeira cobaia, tomando seus vários experimentos. Põe mais isso, tira, aumenta, diminue, quando vi, não tava vendo mais nada, só falava pro Flávio e seu violão - toca Ritmo da Chuva...
No mesmo dia da bitóca acima, o Wellington lembrou-me da casa da Lurdes, perto de Jarinú, em noventa e cinco, quando na conta dele, tomei umas sete caipirinhas de vodka, todas, ele que fez. Depois saí andar, léguas, ele ao meu lado, conversamos um monte, voltamos ao churrasco, fiquei quase bom, nada mais tomei, voltei à São Paulo meio dormindo.
Um fenemê vermelho, duzentos e dez, passa pela pista em frente ao posto, lá em Tatuí, o Gilson e o Kosuky ao meu lado, só sei que estava meio na ressaca, segunda de carnaval, saído de umas e outras, tomadas no salão do clube Bernardes, ao som de marchinhas e jardineiras. O que eu estava fazendo em Tatuí. Um trago prá quem me dizer.
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