Noite que depressa se fecha em copas
Ricochetes, tantos ruídos trânsfugas
Vela solitária o espelho colhe
Loba a passear a costa, em ânsia
Sussuros de amor nos seus passos breves
Sorriso branco curvando arrebol
Versos que na areia da praia inscreves
O sangue pulsando, qual rubro sol
Seios debruçados no amor do mar
Cativada por completo, então
Onda, desejo, se deixou levar
Loba sereia caçando o tritão
Olhos postados no profundo amar
Deram-se de todo, vera paixão
(Para minha loba do mar, a sereia da Lua, Irene) |