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Artigos-->Falta Uma Voz Neste Primeiro de Maio -- 29/04/2003 - 17:02 (Domingos Oliveira Medeiros) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


FALTA UMA VOZ NESTE PRIMEIRO DE MAIO

(Por Domingos Oliveira Medeiros)







O próximo primeiro de maio será diferente. Não será, por certo, como esperava a maioria dos brasileiros, infelizmente.



Pela primeira vez, na história política deste país, um legítimo - talvez o mais importante de todos - representante do sindicalismo e da luta em favor dos trabalhadores, ocupa a presidência da República. Sempre a favor dos trabalhadores, era neste dia que ele reforçava e abrilhantava os festejos das comemorações, clamando por mais justiça social e melhor distribuição de renda.



Mas, como diz a canção, “o morro está triste, e o pandeiro calado”. O nosso porta-bandeiras, o companheiro Lula, parece que mudou de lado e de discurso. E nem estamos perto do Carnaval, para dizer que se trata de bravatas. Antes fosse. E pudéssemos cantar, envolto na máscara negra, “tanto riso, tanta alegria; mais de mil palhaços no salão”.



É verdade. Todos os inativos do serviço público, como de resto, a maioria dos trabalhadores, estão se sentindo como se fossem verdadeiros palhaços. Escolhidos, como bodes expiatórios, para encobrir as verdadeiras causas dos buracos, desvios e desmandos porque passa a Previdência Social.



Resta-nos imaginar o que o Lula diria, nesse primeiro de maio vindouro, se estivesse do nosso lado:



- Companheiros, diria ele, temos pouco a comemorar. O governo continua com o modelo econômico suicida de sempre; baseado na rotina do endividamento público e na subserviência ao capital estrangeiro. A reforma da Previdência só trará prejuízos aos trabalhadores. Ativos e inativos. Estão tratando os aposentados como se fossem terroristas do “eixo do mal”. Não é por outra razão que o governo insiste em manter a taxa de juros em patamares elevados; para atrair capitais estrangeiros, que nada produzem. Que chegam à noite e, logo pela manhã, arrumam as malas e voltam para suas origens, levando os lucros advindos da especulação e da agiotagem. E deixando um rastro de miséria e de injustiças sociais.



- Por conta disso, companheiros, nosso parque industrial está paralisado. Não há oferta de crédito, a juros compatíveis, capaz de motivar o empresariado a acreditar no futuro e investir mais, criando novos empregos e retomando a dinâmica econômica do crescimento sustentado.



- Nunca o desemprego esteve em patamares tão elevados. Milhares de desempregados perambulam pelas ruas das grandes cidades, sem ter o que fazer. Enquanto isso, os banqueiros estão cada vez mais ricos. Sem nada produzir. A não ser boatos e índices mentirosos, a fim de manipular a variação cambial, para dela tirar proveito próprio. Principalmente, próximo ao vencimento da rolagem de alguma parcela de juros da nossa imensa dívida, quando o dólar alcança níveis mais elevados.



E agora, mais uma vez, o governo tenta jogar a culpa de todas as sua mazelas nos servidores públicos e nos trabalhadores, de modo geral. Andam espalhando aos sete mares que sem a reforma da Previdência, o país não sairá do atoleiro. Companheiros. Um país que depende de parte dos proventos de seus aposentados, para voltar a crescer, não pode ser considerado um pais sério. A luta continua. Por uma aposentadoria integral para todos os brasileiros. Que, para tanto, passarão a contribuir sobre o total de sua remuneração, como já fazem os servidores públicos. E todos terão direito ao FGTS, e não apenas os trabalhadores da iniciativa privada. Igualdade por cima, e em todos os itens da reforma. Que a reforma da Previdência seja calcada no princípio de justiça na distribuição de encargos e no respeito aos direitos adquiridos. Feliz Primeiro de Maio para todos!....



Domingos Oliveira Medeiros

29 de abril de 2003

























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