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cronicas-->Iracema -- 09/03/2001 - 02:41 (Mastrô Figueyra de Athayde) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos


Estou aqui sentado em frente a praia, vendo o por do sol. A brisa costeira bate no meu rosto, sentindo a maresia e algo mais que até hoje não consigo explicar. Há mais de 20 anos venho para esta praia, a Praia dos Amores, em busca da minha Iracema. Morena, olhos negros e de lábios de mel.
Nesta imensidão de terras e mar, que acaba se difundindo através da grande penumbra que cobre a praia, proporcionando a bela noite negra, muitas vezes presenciada por uma lua reluzente, me sinto triste e aborrecido por estar sozinho. Em meus pensamentos, tenho a impressão de ver duas luas. Uma mais bela que a outra, tamanha nitidez proporcionada pela marola de águas calmas, me fazendo refletir. Nas luas posso ver a minha Iracema e sonhar em um dia poder contar com o seu amor.
Ainda estou sentado. A areia cobre meus pés e vejo que o vento esta mudando. É o outono se aproximando. O vento simboliza uma infinidade de possibilidades. Tanto para o bem, quanto para o mal, mas a mudança sempre tem que ser encarada de uma forma boa. Por mais que o vento não seja favorável, temos que aprender a conviver e saber se sobressair dela. Até hoje, o vento soprou desfavoravelmente para mim, já que não conheço a minha doce Iracema.
Agora estou de pé. Vejo as luas e o frio já toma parte do meu corpo. Quero mergulhar para esquecer de tudo e desmaio em meio a água. Acho que vou morrer... Tudo ficou escuro à minha volta. Já não sei onde estou. Sinto algo bater em meus olhos, o calor aumenta. Enxergo a praia ainda mais bela. Será que estou no céu? Me pergunto em meus pensamentos. Passado alguns minutos vejo que estou vivo, ou melhor, muito bem vivo. Vejo à alguns metros de mim, uma mulher. Ela estava com um maravilhoso biquíni, preparando uma espécie de medicamento, feito a base de ervas. Ao me aproximar ela ficou surpresa e se assustou. Pude notar que a bela morena era dona de lindos olhos negros, possuidora de uma voz de veludo. Ela disse que era para eu ficar deitado, já que havia me afogado e engolido muita água salgada.
- Beba isso! Lhe fará bem , disse a morena. Ela cuidou de mim, sem ao menos saber de quem se tratava, o dia passou e continuei aos seus cuidados. O vento mudou novamente, o sol se põe e pergunto para a morena o seu nome. Iracema . Ao terminar de dizer o seu nome, vi o nascer das duas luas e o reflexo da sua face era muito evidente na crista das águas, restava apenas saber se ela era a minha Iracema dos lábios de mel...

Mastró Figueira de Athayde é cronista e salva vidas
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