Usina de Letras
Usina de Letras
56 usuários online

Autor Titulo Nos textos

 

Artigos ( 62193 )

Cartas ( 21334)

Contos (13260)

Cordel (10449)

Cronicas (22534)

Discursos (3238)

Ensaios - (10352)

Erótico (13567)

Frases (50599)

Humor (20028)

Infantil (5426)

Infanto Juvenil (4759)

Letras de Música (5465)

Peça de Teatro (1376)

Poesias (140793)

Redação (3302)

Roteiro de Filme ou Novela (1062)

Teses / Monologos (2435)

Textos Jurídicos (1960)

Textos Religiosos/Sermões (6185)

LEGENDAS

( * )- Texto com Registro de Direito Autoral )

( ! )- Texto com Comentários

 

Nota Legal

Fale Conosco

 



Aguarde carregando ...
Cronicas-->Carnaval -- 10/02/2009 - 22:21 (flavio gimenez) Siga o Autor Destaque este autor Envie Outros Textos
Carnaval: Conheci teu veneno numa quadra de ensaio; a morena me olhou, eu mirei a formosura, nem precisava ser destaque de nada, bastava o lume de suas órbitas, a promessa de ocultos prazeres, o sorriso em enigma permanente.

Nunca gostei de Carnaval. Também não sei o que fui fazer ali, passei por acaso e o que me atraiu foi o batuque, o ritmo forte do surdo e os tamborins em consonància. O samba, mal se ouvia na voz do rouco locutor - Todos são; não é mesmo? O que importa entender o enredo se nunca houve nenhum, ele se desenrola apesar do mestre-sala e porta-bandeira, é como um ser vivo na avenida, lembra um dragão chinês... Mas não é.

A brisa traz o doce veneno, o batuque entra nas veias, o eco de antigas vestes se reproduz em nossa pele sob a pele, a alma se alvoroça e quando olho pronto! Está lá a cupidez de uma boca de esfinge, é para mim que ela se abre e eu apenas passei devagar, parei o carro e de curioso, virei coadjuvante de uma trama que já estava escrita. É possível?

Dos lábios eu lembro; dos dentes serenos eu me recordo, da cintura eu tenho a imagem da pequena pérola incrustada como num desafio, a dança enlouquecedora no carro alegórico que saiu na avenida eu gravei com os filmes de minha psique e com os olhos de meu coração já envenenado.

Carnaval: conheci o teu princípio, provei de teu veneno e agora procuro o teu antídoto.
Comentarios
O que você achou deste texto?     Nome:     Mail:    
Comente: 
Renove sua assinatura para ver os contadores de acesso - Clique Aqui